sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Temporaneidade



Lia, hoje, no maior jornal do país, uma menção ao alvará provisório, concedido há três anos, para funcionamento do restaurante que explodiu ontem no Rio de Janeiro.

As razões do acidente, que provocou três mortes e ferimentos graves em algumas pessoas, ainda não foram esclarecidas, apesar das muitas conjeituras a respeito. Conjeituras sobre o próprio acidente – causas e facilidades - e também sobre a licença provisória, que pode significar muitas outras coisas.

Aqui em Santos, há semanas, é assunto dos jornais e das conversas, a investigação de furto de peças e de quase trezentos veículos, envolvendo a empresa meio fantasma que administra os pátios de veículos apreendidos pela prefeitura. Um desses pátios tinha licença provisória também há três anos e o outro nem licença tinha.

Juntam-se as duas notícias – a do Rio e a daqui – sobre licenças provisórias e tiram-se inúmeras conclusões plausíveis.

No aspecto positivo, as licenças provisórias ensejam as fiscalizações constantes, às vezes até semanais...

No aspecto negativo, percebe-se que é uma grande jogada, para o administrador da coisa pública tirar o corpo fora e dizer que, exatamente por conta das dúvidas a respeito da adequação do local, a situação estava sob estudos e, aí, a razão da licença provisória.
 
 

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