quinta-feira, 24 de julho de 2014

. . . Da Inutilidade

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É malhar em ferro frio esse falar sobre a inutilidade da maioria dos “serviços” e dos agentes públicos; todavia, sempre resta uma esperança e ainda se insiste na tentativa de ver algumas coisas boas acontecerem.

Das coisas ruins andamos cansados.

No texto escrito e publicado ontem - aqui mesmo, em Santos Comentada – falávamos de um trecho de calçada onde o trânsito de pedestres é impedido pela sujeira e pelos materiais inservíveis que ali se depositam com descaso e aparente naturalidade; emendamos com uma crítica sobre um automóvel estacionado sobre uma faixa de segurança. 
Duas fotos ilustram aquele texto.

Ainda ontem, à tarde, ao vermos a dificuldade de um motorista de ônibus para manobrar em determinado trecho da cidade – precisando dar marcha à ré para conseguir prosseguir em sua trajetória – fizemos a foto que se segue e que mostra o descaso, o desinteresse e a incompetência de boa parcela dos gestores das coisas públicas.
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Vamos aproveitar este momento e reiterar o alerta e os protestos já feitos aqui e até através da “Ouvidoria Pública”, sobre o desrespeito de muitos com os sinais de trânsito e com o caos que já se adona irreversivelmente da nossa cidade.
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Vivemos a esperança de despertar o alcaide, a tempo de mudar o que precisa urgentemente ser mudado.
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quarta-feira, 23 de julho de 2014

Santos Comentada: ...Mancadas

Santos Comentada: ...Mancadas: . . . A informação sobre o horário da palestra do Rodrigo Viana estava furada. Propositadamente furada – soube depois. Ela será some...

...Mancadas

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A informação sobre o horário da palestra do Rodrigo Viana estava furada. Propositadamente furada – soube depois.

Ela será somente às vinte horas e eu aproveito para escrever o que não consegui durante o dia.

Hoje, logo cedo, fui ao ambulatório da Santa Casa para levar o “material” coletado e aproveitei para fotografar a imundície na calçada interditada pelo lixo e velhos móveis, na rua Julio Conceição.
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Depois fiz a foto de um automóvel estacionado sobre uma faixa de segurança e notei o agente da CET, de motocicleta, passando no vermelho, fazendo que não via aquela outra infração.
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Tomei um ônibus, um pequeno coletivo abarrotado e fui até a região do Gonzaga para fazer as chapas dos pulmões.

Ao invés de tomar outro coletivo ali mesmo, decidi ir mais adiante e tomar um café com o Júlio.

Passei no salão do Beto para dar um abraço no Marcão. Fazia tempo que não passava por lá e pude perceber como o espaço está mais triste, sem o sorriso do Celso.

O telefone toca algumas vezes e eu creio que o Júlio esteja ocupado. Fica para outra hora!

A banca do Brizolinha ainda está fechada.

Atravesso pelo shopping e fico aguardando a abertura do semáforo de pedestres, na “Floriano” (Marechal é a Deodoro!); soa o breque de um automóvel que quase atinge a velha senhora oriental (chinesa, talvez!) que continua impassível em sua travessia irregular e manquitola, apoiada em uma bengala, talvez tentando o suicídio.

Atravesso ao sinal livre e me encaminho para o ponto de parada de ônibus, mais adiante.

Uma senhora, com jeito de ter alguns anos mais que eu, dá uma “corridinha” para atravessar a avenida e tropeça. Talvez ande querendo se vingar e onerar o seu plano de “saúde”.

Vinte metros adiante, uma faixa de pedestres com semáforo seria a opção mais racional...Em um país civilizado.

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terça-feira, 15 de julho de 2014

SUS - Uma Cartola de Mágico

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A Santa Casa de Misericórdia de Santos, assim como algumas outras Santas Casas país afora, está com as calças nas mãos (não há termo mais correto, apesar de sua crueza e aparente grosseria).

Poder-se-ia até falar em falha gerencial, mas nos parece descabido que todas elas estejam em situação semelhante; endividadas até o pescoço, pondo em risco total o seu patrimônio e deixando-as em ponto de fecharem as portas.

É descabido e inaceitável que as mazelas das administrações públicas, assim como a irresponsabilidade e a insensibilidade da classe política ponham em risco – maior, agora - a existência de um hospital que resistiu a tantos momentos históricos ao longo de quase quinhentos anos. Isso mesmo! Quase cinco séculos, que serão - ou seriam - completados dentro de alguns anos. Sim, o hospital da Santa Casa de Misericórdia de Santos foi erigido por Brás Cubas no Século XVI (a obra foi concluída em 1543) e a incompetência, o descaso, a insensibilidade e a venalidade dos gestores da coisa pública poderão levar esse legado monumental a "baixar as cortinas".

Aí, então, não faltará mais nada de que nos envergonharmos.

A história do desgoverno na administração pública – que não é de hoje – vem fazendo do Sistema Único de Saúde uma verdadeira cartola de mágicos, de onde cada um deles vai sacando o que queira.

Contratos espúrios com fornecedores de bens e de serviços, medicamentos com valores superfaturados em manobras contábeis descabidas, somadas à aquisição criminosa de milhares de veículos que apodrecem sem uso por terrenos baldios, acabam desequilibrando as contas; o “acerto” se faz com o pagamento de valores irrisórios por serviços prestados por esses hospitais.

 “Santas Casas”, as que atendem a esse sistema caótico e falido, minam a própria saúde como se a benemerência fosse um único fim em si mesmo ou a serviço do interesse de alguns.

A saúde roga por milagres e as Santas Casas, por misericórdia.

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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Média

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Não tenho nada contra esse representante de uma parcela dos eleitores da Região da Baixada Santista e não fui contra ou a favor de sua cassação temporária, porque não entendi o conteúdo das alegações e nem mesmo das considerações que o levaram de volta ao legislativo estadual.

Entendo que faz parte do jogo do poder e da permanência em cena, esse estar sempre em evidência, mas o “fazer média” nem sempre traz resultados positivos ou atende o anseio da população.

Ainda que o projeto recente - que pretende criar a Farmácia Popular Sobre Rodas - talvez atenda o interesse de quem mora em locais mais afastados, a adoção do sistema vai abrir espaço para que o furto e o roubo de medicamentos se torne mais uma realidade a ocupar espaço nas estatísticas policiais.

É esperar para ver.
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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Contra

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Nós não somos contra o VLT, mas somos e sempre fomos contra os conchavos e as burlas todas contidas nos contratos dessa obra, que mal começada já apresentava aditamento de vinte e dois por cento sobre o preço original.

Não, não somos contra o projeto, mas fomos e continuamos sendo contra a mudança de traçado, para atender o interesse comercial de três ou quatro grupos específicos.

Não somos contra o VLT, mas fomos e ainda somos a favor do MP e de sua interferência, para que o traçado original fosse cumprido e que as mudanças e as manobras todas, que vão aparecendo aos poucos, não favoreçam empreiteiras e prejudiquem os cofres públicos com os já usuais e imorais aditamentos contratuais.

Não somos contra o projeto, mas somos contra as mentiras e a desfaçatez, que acabaram fazendo com que parte do traçado – suspenso temporariamente a pedido do MP - fosse retomada logo depois, por conta do “atraso” e dos alegados “custos” da paralisação, que poderiam chegar a três milhões de reais diários. Isso sem contar o atraso na data de entrada em funcionamento desses trens.

Passados esses dez ou doze dias de paralisação determinada pela justiça, teve início a propaganda quase diária na imprensa, relatando o andamento veloz das obras no vizinho município de São Vicente e o atraso das obras em Santos, colocando boa parte dos “inocentes” e dos tolos de conveniência contra o Ministério Público, fazendo de seus representantes os vilões dessa situação comprovadamente vergonhosa.

No final, todos os interessados mais diretos conseguiram o que queriam, mas as obras, agora, estão sem poder prosseguir, porque o mesmo governo que gere o projeto e os contratos, através de uma empresa de economia mista, ainda não conseguiu espaço para transferir o posto comunitário da Polícia Militar, que fica no meio do traçado, exatamente naquele trecho antes embargado e que gerava “custos e atrasos desmedidos”.

Você acha pouco?

Você ainda quer mais?

Pois bem!

Ontem, a imprensa dava conta da situação, com extensa matéria sobre o VLT, mostrando que as obras que “estariam” quase prontas em São Vicente, terão de esperar mais dois anos (até 2016) para que se construam dois pontilhões na região cortada pela Rodovia dos Imigrantes.

Eu posso até dar a impressão de ser do contra - por não ser vaca de presépio - mas a realidade diz que eu não sou marionete, como os inocentes de ocasião  e os tolos de conveniência...
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