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Uma enorme
parcela de nós, cidadãos, faz jus somente ao sentido mais estrito desta
palavra, que é o de “morador das cidades”.
A maioria de
nós, em tese, goza o direito de ser considerado usufrutuário de direitos
políticos e civis, mas boa parte desse contingente não cumpre os preceitos da
contrapartida prevista na definição de cidadania.
Assim não fosse,
as nossas cidades seriam menos sujas, os pedestres gozariam o direito de
caminharem pelas áreas que lhe são destinadas com exclusividade, sem atolarem
os calçados nos dejetos ali deixados com freqüência cada vez maior pelos donos
dos animais de estimação, poderiam usufruir os benefícios de estarem abrigados
da inclemência do sol e teriam ainda o privilégio de ver, admirar e ouvir as
aves que procuram acolhida e abrigo nas árvores que vamos destruindo sem nenhum
respeito pela vida, pela nossa própria vida.
* A foto a seguir foi feita em março de 2018, quando esta aroeira ainda oferecia abrigo para as mais variadas espécies de pássaros e sombra para os passantes.
A imagem seguinte é uma foto feita hoje, 26 de agosto de 2018.
Na mesma calçada, no outro extremo do quarteirão, um outro espécime da flora (replantada depois da queda da maioria dos ingazeiros que recobriam esse espaço) também desapareceu sob as mais diversas alegações e a área onde ela estava plantada, foi cimentada sem deixar nenhum vestígio anterior, para que se orientasse o replantio.
* O nome deste Blog é Santos Comentada. Quando digitei estas linhas, pretendi escrever que eram para o site e acabei digitando Santos Cimentada (o que não deixa de ser verdade).
Carlos Gama.
26/08/2018
13:24:28
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