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Agora, quando
voltamos ao ponto de parada anterior, vamos tentar entender o jogo dos “contra
pontos” e os resultados...
São apenas
conjeituras, mas as possibilidades são claras, tão claras quanto nebulosas são
as ações do poder público.
Estamos às
vésperas de uma nova licitação para a concessão de exploração do transporte
coletivo por mais vinte anos e essa retirada de pontos de parada, pode ser uma
forma de forçar a redução do número de usuários - especialmente de não pagantes
- para justificar também a redução do número de ônibus em circulação.
Afinal, a
população santista – segundo dados oficiais – é composta por uma maioria de
idosos, de gente com reduzida capacidade de locomoção e, quando se “joga” um
ponto de ônibus para dois quarteirões e meio de distância, faz-se com que o
usuário de mais idade só saia de casa em caso de extrema necessidade e, assim
mesmo, provavelmente de táxi, se puder pagar.
Uma alegação
usada em ação semelhante, há alguns anos, foi a de facilitar o fluxo de
veículos, pois Santos é uma cidade onde o trânsito é caótico, mal administrado
e os concessionários – não somente eles - são os ditadores das regras...
Tiraram os cobradores e empurraram o serviço para o motorista.
Sim, a fluência
poderia melhorar, porque o tempo de parada nos pontos seria menor, em função do
menor número de usuários de mais idade ou pode acontecer o contrário, com mais
veículos menores circulando para atender a esse grupo com reduzida capacidade
de locomoção própria.
Eles sabem o que
fazem e como fazem, quando vêm com respostas desse calibre.
Afinal, se não
houvesse essa redução previsível do número de usuários de transporte coletivo,
cada ponto deslocado receberia o dobro deles, duplicando também o tempo de
parada e de “atravancamento” do trânsito.
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