terça-feira, 28 de abril de 2015

VOLTANDO AO PONTO ANTERIOR

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Agora, quando voltamos ao ponto de parada anterior, vamos tentar entender o jogo dos “contra pontos” e os resultados...

São apenas conjeituras, mas as possibilidades são claras, tão claras quanto nebulosas são as ações do poder público.

Estamos às vésperas de uma nova licitação para a concessão de exploração do transporte coletivo por mais vinte anos e essa retirada de pontos de parada, pode ser uma forma de forçar a redução do número de usuários - especialmente de não pagantes - para justificar também a redução do número de ônibus em circulação.

Afinal, a população santista – segundo dados oficiais – é composta por uma maioria de idosos, de gente com reduzida capacidade de locomoção e, quando se “joga” um ponto de ônibus para dois quarteirões e meio de distância, faz-se com que o usuário de mais idade só saia de casa em caso de extrema necessidade e, assim mesmo, provavelmente de táxi, se puder pagar.

Uma alegação usada em ação semelhante, há alguns anos, foi a de facilitar o fluxo de veículos, pois Santos é uma cidade onde o trânsito é caótico, mal administrado e os concessionários – não somente eles - são os ditadores das regras... Tiraram os cobradores e empurraram o serviço para o motorista.

Sim, a fluência poderia melhorar, porque o tempo de parada nos pontos seria menor, em função do menor número de usuários de mais idade ou pode acontecer o contrário, com mais veículos menores circulando para atender a esse grupo com reduzida capacidade de locomoção própria.

Eles sabem o que fazem e como fazem, quando vêm com respostas desse calibre.

Afinal, se não houvesse essa redução previsível do número de usuários de transporte coletivo, cada ponto deslocado receberia o dobro deles, duplicando também o tempo de parada e de “atravancamento” do trânsito.
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