quinta-feira, 13 de agosto de 2015

DESÂNIMO...Desânimo, mas também algumas alegres lembranças

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Desânimo é o sentimento que se abate sobre mim, logo pela manhã, ao abrir os jornais.

Em São Vicente, um magistrado condena um banco a pagamento de indenização a uma cliente que foi roubada, após sacar uma significativa quantia em caixa eletrônico da instituição. O juiz baseia a sua sentença no fato dela ainda se encontrar em área pertencente ao banco, ainda que do lado de fora. Mais um ou dois passos e a responsabilidade passaria, em tese, a ser do Estado. Em que estado andam as coisas!

Será que, se a senhora fosse assaltada depois de ingressar na área externa de sua própria casa, seria acusada de negligência?

Ah, esse circo me incomoda tanto!

Minha filha foi assaltada na véspera, a caminho do trabalho e a delegacia da área, sequer tem acesso à internet para receber o B.O. eletrônico, que levou horas para ser concluído, porque o “sistema” caía volta e meia.

Num matutino da capital, eu leio sobre a importantíssima discussão do aumento dos subsídios dos Ministros do Supremo e da extensão a todo o funcionalismo público.

Salário-mínimo? 

Maldito salário-ínfimo, do qual essa gentinha vive reclamando... Aposentados do INSS, então, já andam merecendo cadeia, tanto reclamam.

Em Santos, na Câmara Municipal, as discussões sobre quem vai ocupar a vaga recém aberta com a morte do presidente da casa legislativa.

A cena acaba me lembrando momentos alegres, quando nós, moleques, saíamos à cata de balões no mês de junho. Geralmente, no final, sobravam alguns restos de papel de seda e fuligem nas mãos de quase todos.

12/08/2015 09:09:05
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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O OVO

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Há pouco, enquanto aguardava um de meus netos que vinha da escola, observei a dificultosa travessia de um deficiente físico em sua cadeira de rodas.

Logo depois chegou quem eu esperava e eu perguntei a ele se vira a dificuldade do “cadeirante” para subir na calçada.

Sim, ele vira e ainda comentou que, se não fosse o pequeno poste do sinaleiro, aonde ele se agarrou para conseguir galgar o degrau que dava acesso á calçada, teria ficado no leito carroçável.

Aí, enquanto vínhamos para casa, eu comentei com ele que aquilo eles chamam de "acessibilidade".

-É de dar acesso de raiva, essa inépcia crescente do poder público.

Ele sorriu e deve ter ficado pensando nisso.

Então, eu continuei, dizendo a ele que o filme que fizera na segunda-feira, sobre o lixo e a falta de lixeiras, fora colocado no Facebook, mas que a prefeitura pouca importância está dando a isso.

-Ah; é verdade! Você quer saber aonde eu fiz o filme e onde fica mais esse obstáculo para os “cadeirantes”.

-O filme eu fiz no finalzinho da rua Pérsio de Queiroz Filho e o obstáculo para os deficientes físicos, fica na confluência das avenidas Conselheiro Nébias e Rodrigues Alves. O cadeirante, indo no sentido centro/praia, cruza o canteiro central que tem o espaço aberto ao nível da rua e, quando chega ao meio-fio encontra a barragem...A burragem.

-Eles não estão ligando para mais nada e eu acho que o prefeito já está certo de que não será reeleito ou, então, ele está contando com o ovo na cloaca da galinha do Estado de São Paulo.
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