segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A Pílula

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Há pouco, enquanto eu fotografava o trecho ainda paralisado nas “obras” dos “new bonds” (VLT), na margem da Avenida Francisco Glicério, eu pensava na decisão do judiciário paulista e nas muitas influências exercidas pelos vários pesos que geralmente acabam em um mesmo prato da balança da justiça.
Vem daí o aforismo contido no livro Conjeituras, Sobretudo: “Todos são iguais perante a lei, respeitadas naturalmente algumas regras sociais e econômicas”.
Usando da informação inverídica sobre valores e custos, a secretaria de estado responsável por aquelas obras, conseguiu dourar a pílula e fazê-la descer goela abaixo do julgador, levando-o a cassar a liminar que impediu por alguns dias a continuidade dos trabalhos em traçado “equivocado”, que se arrastavam no tempo, na incompetência e no baixo interesse pelo resultado como um todo, sem deixar de lado o primeiro aditamento ao custo desse empreendimento que ainda vai dar muito o que falar.
Voltando ao local e às fotos, elas foram feitas a propósito, porque eu já havia percebido há alguns dias, que as obras "liberadas" pela cassação da liminar concedida ao Ministério Público, continuam paradas e não leio e nem ouço os responsáveis gritarem sobre o custo, falso custo de três milhões de reais diários por conta da descontinuidade do trabalho nesse trecho.
Infelizmente, a seriedade do gestor da coisa pública não é coisa tão freqüente.
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