segunda-feira, 13 de julho de 2015

As Bestas

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Lido às pressas, o título pode até dar a impressão daquele material cancerígeno, que descarregávamos no cais em tempos idos mas não tão distantes.

Asbesto ou amianto era descarregado sem nenhum cuidado e sem qualquer proteção; hoje, parece que é proibido. Dia virá em que outros cancerígenos serão alijados das lavouras, das indústrias de alimentos, das criações comerciais de aves, de ovinos e de bovinos, não chegando mais às nossas mesas.

Do substantivo feminino - do título - eu enveredei por um outro, masculino e que nada tem a ver com o que eu pretendia escrever.

Volto a ele...

Hoje saímos de automóvel – apesar da pouquíssima probabilidade de encontrarmos uma vaga de estacionamento – e o que nos leva a essa decisão, é a distância brutal e crescente entre os pontos de parada de ônibus.

Isso é fruto da pouca capacidade de raciocínio ou do desinteresse (talvez interesses outros) das bestas de plantão. Não, o filósofo é outro!

Voltas e voltas depois, conseguimos uma vaga. Ufa!

Fomos conversando, andando devagarinho e aproveitando as poucas sombras que nos protegeriam do sol de verão e desse calor intenso.

Depois de uns dez minutos de caminhada, estávamos no “boulevard” da rua Othon Feliciano, onde a administração pública "obra" em tempos de férias escolares, atravancando a via e aonde transeuntes emporcalham os pés e os calçados.

Vivas às bestas de plantão!
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quarta-feira, 1 de julho de 2015

O INCOMPREENSÍVEL

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Para mim ainda é incompreensível o status do “novo” e algumas das imposições aceitas pela maioria dos que navega ao sabor dos ventos soprados pelos senhores daquilo que eles acham ser o “seu” mundo.

Leio sobre a manifestação do Ministro da Cultura, que critica o baixíssimo índice de leitura entre os brasileiros e o entendo tanto quanto compreendo aquela maioria que não lê. Afinal, os livros estão aí, mas exigem tempo e concentração; exigem também e, naturalmente, que se saiba ao menos soletrar. Isso muitos sabem, mas é cansativo, especialmente quando se tem a televisão à disposição e com os pensamentos prontos. 

Para quem pode, é mais fácil comer em um restaurante, que ter de preparar a comida. O resultado final é o mesmo, apesar do paladar ser o do outro.

Abro o velho jornal local e percebo a mudança no padrão, que traz mais dificuldade para a leitura e para o manuseio desse novo modelo eletrônico. O objetivo, se não for o econômico, é inconcebível e vai afastar os leitores, cujo número já decresce a cada dia. Atenho-me apenas às “cartas do leitor”, em um espaço que resta ao cidadão é mínimo e de acordo com o permitido; todo o mais é ocupado pelos “assessores” de comunicação de empresas estatais ou pelo próprio Estado, que tem mais força que a comunidade dos assinantes ou dos compradores eventuais desses diários.

Mais em função da própria idade, que de qualquer outra razão, eu chego até as notas de falecimento...Fecho o jornal; foi o suficiente!

Abro um e-mail e, é óbvio, leio. Tento ler, mas as abas laterais incomodam, quase inibem a leitura. Desisto; é “Obvious”!

Será que esse pessoal pensa ou apenas freqüenta restaurantes?
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