sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Ao Acaso

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É comum que se veja dois e até três coletivos da mesma linha trafegando juntos, enquanto a espera nos pontos de parada se estende no tempo e no vazio que caracteriza a administração pública e os seus muitos cabides de emprego.

Hoje, um cidadão conseguiu um raro espaço na “coluna do leitor” do jornal local, para protestar contra o fato e cita os exemplos, data e número da linha do coletivo.

Quando afirmamos que ele conseguiu um raro espaço é porque essa coluna, criada para abrir espaço para a manifestação popular, nas atuais administrações municipal e estadual (as duas se permeiam e enlaçam quase maritalmente), tem ocupada a maior parte desse espaço com os romances e histórias da carochinha, contados por suas assessorias de imprensa.

No mesmo “espaço invadido”, a EMTU, através também de sua assessoria de imprensa, reconta as mesmas lendas sobre o VLT; não explica a força de alguns grupos dentro da empresa e vai empurrando com a barriga o feto espúrio e sem passaporte, até que as investigações do Ministério Público sobre a fábrica dos trens acabe chegando ao pai da criança.

Os mesmos governos municipal e estadual montaram uma “força-tarefa”, para fiscalizar o entorno de uma universidade onde ocorre o que se possa imaginar de desmandos e até um crime de morte, na semana atrasada. Tomara que a força-tarefa não perca logo a força e nem seja apenas um ensaio pré-carnavalesco para o desfile conjunto com a “Banda-Lheira” que faz sucesso Brasil afora, apesar de representar oficialmente a capital federal na festa que é a cara do país.

A turma da “A. I.” (assessoria de imprensa) municipal também rebate, de olhos fechados, as denúncias constantes sobre cobrança para uso das cadeiras e guarda-sóis que se adonam da maior parte da área nas praias santistas. Rebate, mas o circo está lá, para quem quiser ver.

Está parecendo a Secretaria de Obras, que sequer sabe aonde “obram” grandes e pequenos construtores, pelos bairros da cidade.

Compraram um “drone” (ah, essas crianças e seus brinquedos!), um aviãozinho para fazer o levantamento dos locais aonde a água empoçada possa estar se transformando em criatório de mosquitos. Ah, essas larvas!

Compraram o brinquedo, mas o mesmo jornal mostra um terreno abandonado, cheio de água, onde deveria estar sendo construído um edifício de apartamentos. Por conta da mesma matéria, fica-se sabendo que as vendas começaram dois anos antes da aprovação da planta e, depois, apenas alicerce e ferragem enferrujada. Quem pagou danou-se!

O carnaval está aí e vai bem, obrigado!

Vamos para a rua assistir ao desfile da sempre campeã de todos os carnavais oficiais, a “Banda Lheira”.
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