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É comum que se
veja dois e até três coletivos da mesma linha trafegando juntos, enquanto a
espera nos pontos de parada se estende no tempo e no vazio que caracteriza a
administração pública e os seus muitos cabides de emprego.
Hoje, um cidadão
conseguiu um raro espaço na “coluna do leitor” do jornal local, para protestar
contra o fato e cita os exemplos, data e número da linha do coletivo.
Quando afirmamos
que ele conseguiu um raro espaço é porque essa coluna, criada para abrir espaço
para a manifestação popular, nas atuais administrações municipal e estadual (as
duas se permeiam e enlaçam quase maritalmente), tem ocupada a maior parte desse
espaço com os romances e histórias da carochinha, contados por suas assessorias
de imprensa.
No mesmo “espaço
invadido”, a EMTU, através também de sua assessoria de imprensa, reconta as
mesmas lendas sobre o VLT; não explica a força de alguns grupos dentro da
empresa e vai empurrando com a barriga o feto espúrio e sem passaporte, até que
as investigações do Ministério Público sobre a fábrica dos trens acabe chegando
ao pai da criança.
Os mesmos
governos municipal e estadual montaram uma “força-tarefa”, para fiscalizar o
entorno de uma universidade onde ocorre o que se possa imaginar de desmandos e
até um crime de morte, na semana atrasada. Tomara que a força-tarefa não perca
logo a força e nem seja apenas um ensaio pré-carnavalesco para o desfile
conjunto com a “Banda-Lheira” que faz sucesso Brasil afora, apesar de
representar oficialmente a capital federal na festa que é a cara do país.
A turma da “A.
I.” (assessoria de imprensa) municipal também rebate, de olhos fechados, as
denúncias constantes sobre cobrança para uso das cadeiras e guarda-sóis que se
adonam da maior parte da área nas praias santistas. Rebate, mas o circo está
lá, para quem quiser ver.
Está parecendo a
Secretaria de Obras, que sequer sabe aonde “obram” grandes e pequenos
construtores, pelos bairros da cidade.
Compraram um
“drone” (ah, essas crianças e seus brinquedos!), um aviãozinho para fazer o
levantamento dos locais aonde a água empoçada possa estar se transformando em
criatório de mosquitos. Ah, essas larvas!
Compraram o
brinquedo, mas o mesmo jornal mostra um terreno abandonado, cheio de água, onde
deveria estar sendo construído um edifício de apartamentos. Por conta da mesma
matéria, fica-se sabendo que as vendas começaram dois anos antes da aprovação
da planta e, depois, apenas alicerce e ferragem enferrujada. Quem pagou
danou-se!
O carnaval está aí e vai bem, obrigado!
Vamos para a rua
assistir ao desfile da sempre campeã de todos os carnavais oficiais, a “Banda
Lheira”.
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