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Com este título, é preciso explicar que o conteúdo ou o
objetivo não tem nada a ver com prostituição e, sim, com a vida e com a
segurança dos cidadãos que vivem ou que visitam a cidade de Santos na condição
de turistas.
São aberrações, mas se estendem no tempo, na inércia e no
desinteresse do gestor da coisa pública, essas rampas descabidas que eles e
somente “eles” têm o desplante e o descaramento de chamarem de “acessos para
deficientes”.
Acessos, sim, de raiva.
Deficientes intelectuais, sim; morais, também.
Cada vez que saio de casa, seja para ir ao Gonzaga ou ao
ambulatório da Santa Casa - na avenida Ana Costa – eu me deparo com essas
catapultas construídas em gestões anteriores a esta, que também se acomodou e
não consegue ou não quer ver os problemas que enfrentam todos os deficientes físicos
e os idosos que dependam de uma “rampa” dessas para tentar fazer uma travessia
de rua.
Para não nos estendermos mais, restrinjamo-nos apenas a
elencar algumas dessas “catapultas” (só quem não conhece ou não presta atenção,
vai achar que é exagero esse termo), em uma única das principais vias da
cidade: a avenida Ana Costa.
Ali, no Gonzaga, próximo de onde uma empreiteira domina a
calçada e onde já aconteceu a queda de um portão sobre um casal de transeuntes,
a catapulta remete sobre a calçada qualquer “cadeirante” menos avisado e sequer
permite que ele consiga fazer o trajeto em sentido inverso, pois ficará retido
naquela profunda vala.
Na esquina da Rua Álvaro Guião com a mesma avenida, local
onde alguns edifícios abrigam quase essencialmente consultórios médicos, a
catapulta de acesso para deficientes é um crime a céu aberto, nas barbas de
quem a tem ou aos olhos de quem ainda vê.
Mais adiante, já na Vila Mathias – em um único
entroncamento entre vias – alguns desses obstáculos, verdadeiros lançadores de
idosos e deficientes físicos, chamariam facilmente a atenção de qualquer
estrangeiro que por ali tentasse transitar.
Na calçada, defronte do edifício que abriga, dentre outras
entidades importantes, o Sindicato do Comércio Varejista da região, a “rampa de
lançamentos” existe nos dois lados da avenida Ana Costa.
Um giro de noventa graus, nos posiciona para tentarmos
cruzar a rua Júlio de Mesquita em direção do ambulatório da Santa Casa, onde
ainda não existe atendimento de urgência para fraturas. Todavia, se chegarmos
intactos ao outro lado da rua e se precisarmos atravessar a avenida, em direção
do ponto do ônibus (defronte do antigo ponto de parada de bondes),
enfrentaremos duas situações que dependem do clima. Se tiver chovido, será
preciso uma canoa para fazer a travessia do fosso; se estiver o tempo seco,
poderemos levar a vantagem de sermos catapultados até o meio da via.
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A seguir, algumas imagens começando por uma esquina que acabou nem sendo mencionada no texto (confluência da rua Barão de Paranapiacaba com avenida Washington Luiz), onde um desses fossos é teste para qualquer um, deficiente ou não:
As próximas imagens foram feitas defronte do edifício do Sindicato do Comércio Varejista, lado oposto do ambulatório da Santa Casa.
A próxima imagem é do local de travessia da avenida Ana Costa, defronte do ambulatório da Santa Casa (do lado oposto ao local onde foram feitas as fotos anteriores)