quarta-feira, 30 de abril de 2014

sábado, 19 de abril de 2014

As Catapultas da Prefeitura

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Com este título, é preciso explicar que o conteúdo ou o objetivo não tem nada a ver com prostituição e, sim, com a vida e com a segurança dos cidadãos que vivem ou que visitam a cidade de Santos na condição de turistas.

São aberrações, mas se estendem no tempo, na inércia e no desinteresse do gestor da coisa pública, essas rampas descabidas que eles e somente “eles” têm o desplante e o descaramento de chamarem de “acessos para deficientes”.

Acessos, sim, de raiva.

Deficientes intelectuais, sim; morais, também.

Cada vez que saio de casa, seja para ir ao Gonzaga ou ao ambulatório da Santa Casa - na avenida Ana Costa – eu me deparo com essas catapultas construídas em gestões anteriores a esta, que também se acomodou e não consegue ou não quer ver os problemas que enfrentam todos os deficientes físicos e os idosos que dependam de uma “rampa” dessas para tentar fazer uma travessia de rua.

Para não nos estendermos mais, restrinjamo-nos apenas a elencar algumas dessas “catapultas” (só quem não conhece ou não presta atenção, vai achar que é exagero esse termo), em uma única das principais vias da cidade: a avenida Ana Costa.

Ali, no Gonzaga, próximo de onde uma empreiteira domina a calçada e onde já aconteceu a queda de um portão sobre um casal de transeuntes, a catapulta remete sobre a calçada qualquer “cadeirante” menos avisado e sequer permite que ele consiga fazer o trajeto em sentido inverso, pois ficará retido naquela profunda vala.

Na esquina da Rua Álvaro Guião com a mesma avenida, local onde alguns edifícios abrigam quase essencialmente consultórios médicos, a catapulta de acesso para deficientes é um crime a céu aberto, nas barbas de quem a tem ou aos olhos de quem ainda vê.

Mais adiante, já na Vila Mathias – em um único entroncamento entre vias – alguns desses obstáculos, verdadeiros lançadores de idosos e deficientes físicos, chamariam facilmente a atenção de qualquer estrangeiro que por ali tentasse transitar.

Na calçada, defronte do edifício que abriga, dentre outras entidades importantes, o Sindicato do Comércio Varejista da região, a “rampa de lançamentos” existe nos dois lados da avenida Ana Costa.

Um giro de noventa graus, nos posiciona para tentarmos cruzar a rua Júlio de Mesquita em direção do ambulatório da Santa Casa, onde ainda não existe atendimento de urgência para fraturas. Todavia, se chegarmos intactos ao outro lado da rua e se precisarmos atravessar a avenida, em direção do ponto do ônibus (defronte do antigo ponto de parada de bondes), enfrentaremos duas situações que dependem do clima. Se tiver chovido, será preciso uma canoa para fazer a travessia do fosso; se estiver o tempo seco, poderemos levar a vantagem de sermos catapultados até o meio da via.
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A seguir, algumas imagens começando por uma esquina que acabou nem sendo mencionada no texto (confluência da rua Barão de Paranapiacaba com avenida Washington Luiz), onde um desses fossos é teste para qualquer um, deficiente ou não:
As próximas imagens foram feitas defronte do edifício do Sindicato do Comércio Varejista, lado oposto do ambulatório da Santa Casa.



A próxima imagem é do local de travessia da avenida Ana Costa, defronte do ambulatório da Santa Casa (do lado oposto ao local onde foram feitas as fotos anteriores)