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Nós não somos contra o VLT, mas somos e sempre fomos
contra os conchavos e as burlas todas contidas nos contratos dessa obra, que
mal começada já apresentava aditamento de vinte e dois por cento sobre o preço
original.
Não, não somos
contra o projeto, mas fomos e continuamos sendo contra a mudança de traçado,
para atender o interesse comercial de três ou quatro grupos específicos.
Não somos contra
o VLT, mas fomos e ainda somos a favor do MP e de sua interferência, para que o
traçado original fosse cumprido e que as mudanças e as manobras todas, que vão
aparecendo aos poucos, não favoreçam empreiteiras e prejudiquem os cofres
públicos com os já usuais e imorais aditamentos contratuais.
Não somos contra
o projeto, mas somos contra as mentiras e a desfaçatez, que acabaram fazendo
com que parte do traçado – suspenso temporariamente a pedido do MP - fosse
retomada logo depois, por conta do “atraso” e dos alegados “custos” da
paralisação, que poderiam chegar a três milhões de reais diários. Isso sem contar
o atraso na data de entrada em funcionamento desses trens.
Passados esses
dez ou doze dias de paralisação determinada pela justiça, teve início a
propaganda quase diária na imprensa, relatando o andamento veloz das obras no
vizinho município de São Vicente e o atraso das obras em Santos, colocando boa
parte dos “inocentes” e dos tolos de conveniência contra o Ministério Público,
fazendo de seus representantes os vilões dessa situação comprovadamente
vergonhosa.
No final, todos
os interessados mais diretos conseguiram o que queriam, mas as obras, agora,
estão sem poder prosseguir, porque o mesmo governo que gere o projeto e os
contratos, através de uma empresa de economia mista, ainda não conseguiu espaço
para transferir o posto comunitário da Polícia Militar, que fica no meio do
traçado, exatamente naquele trecho antes embargado e que gerava “custos e
atrasos desmedidos”.
Você acha pouco?
Você ainda quer
mais?
Pois bem!
Ontem, a
imprensa dava conta da situação, com extensa matéria sobre o VLT, mostrando que
as obras que “estariam” quase prontas em São Vicente, terão de esperar mais
dois anos (até 2016) para que se construam dois pontilhões na região cortada
pela Rodovia dos Imigrantes.
Eu posso até dar
a impressão de ser do contra - por não ser vaca de presépio - mas a realidade diz
que eu não sou marionete, como os inocentes de ocasião e os tolos de conveniência...
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