terça-feira, 20 de setembro de 2011

Efeito Estupra

 
Não se consegue entender mais  por onde andam as cabeças pensantes, não se sabe se sumiram ou foram totalmente deterioradas pelas facilidades oferecidas pelos mecanismos virtuais que tomaram conta do mundo.

Nem mesmo quem comenta oficialmente, se dá ao trabalho de raciocinar, de analisar um projeto antes de opinar de forma totalmente equivocada, sobre um tema tão claro e de tanto interesse para as outras mentes - ainda que obtusas - dos tempos modernos.

É incompreensível (ao menos para mim) a atitude do presidente da CODESP em relação ao resultado da limpeza nos navios cargueiros.

Quando a ação lógica seria manter a limpeza de porões e de tanques de navios, aos olhos das autoridades brasileiras, exigindo o uso de barcaças e outros meios, para coletar os dejetos oriundos das embarcações que visitam o Porto de Santos e depois dar a eles o destino mais adequado, faz-se o contrário. Obriga-se a essas embarcações fazerem os serviços de limpeza a quilômetros da costa, pouco importando se esse material (de todo tipo, origem e resultados) vai ser lançado ao mar, vinte e dois quilômetros mais adiante.

O presidente da empresa portuária vê com bons olhos a sua atitude, ao empurrar para longe a sujeira que poderia ser controlada por aqui e ainda recebe apoio.

A imagem que me vêm é a da porcalhona que sacode a toalha pela janela do apartamento ou do porcalhão que bate o tapete para o outro lado do muro.

Chama-se a isso "consciência ecológica".
 
Só se fala em "efeito estufa", mas ninguém fala do "efeito estupra", talvez se esquecendo que o mar é parte da Mãe Terra e que dali também depende a nossa sobrevivência.
 
 

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