quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A Coisa Pública e a Privada

Na atividade pública, no Brasil, o interesse de alguns suplanta o interesse coletivo e o dinheiro do erário é usado como se fosse próprio.
Há quem critique esta insistência em falar nestas questões, porque entendem que é perda de tempo, que nada vai mudar e não vai mesmo, se continuarmos em silêncio cômodo, interesseiro ou covarde.
Anima-me quando leio outros cidadãos falando destas mesmas mazelas, denunciando estes mesmos desmandos, porque volto a crer que algum dia os organismos públicos vão atuar dentro de sua competência, respeitando os bens públicos e outros irão fiscalizar seriamente, como seria de sua competência. É ou não é, excelência?
Esses outros cidadãos, leio-os hoje nos jornais locais, mas eles estão por aí, pelo Brasil, observando, comentando, escrevendo e denunciando com a mesma esperança que me move, de ver um dia melhor, depois de outro.
Um cidadão denuncia obras sem indicação dos responsáveis, um engenheiro observador e atento fala dos desmandos em obras irregulares em vários locais da nossa cidade e uma senhora questiona o prefeito, por contratar uma empresa para prestar serviços de limpeza nas escolas municipais, ao custo de mais de um milhão por mês letivo, ao invés de usar a mão-de-obra da prefeitura ou contratar trabalhadores braçais, diretamente, a salários justos sem vínculos ou “extras” de qualquer ordem.
Estamos vivendo como ratos, entocados em fossas, temerosos dos gatos que nos rodeiam.

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