quinta-feira, 23 de julho de 2020

Leviandade

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Esta nos parece a expressão mais adequada para nomear a forma como vem sendo tratada em nosso país a questão do vírus mortal, que neste momento infesta o Planeta Terra.

Pouco se sabe ainda sobre esse elemento causador de problemas respiratórios que têm levado à morte milhões de seres humanos mundo afora. No momento, as estatísticas mostram que o número de infectados já confirmados ultrapassa os quinze milhões de pessoas e já é de mais de seiscentos e vinte mil o universo dos mortos.

Afirma-se que a propagação se dá pelo ar e que a facilidade de contágio acontece com a proximidade das pessoas já infectadas; vem daí a orientação para que se usem máscaras e que se evite a convivência muito próxima, mas somos renitentes e descrentes, enquanto o mal não se avizinha de alguém da casa ou de nós mesmos.

Infelizmente, parece que é preciso sentir na carne – ou nos pulmões – para que comecemos a acreditar na triste realidade que nos bate à porta. 

Junte-se a esse nosso inconformismo os interesses políticos e econômicos, que fazem com que se pressione o poder público para que libere todas as atividades sociais e comerciais. É aí que o Estado se curva e as necessidades políticas levam a começar a dar atendimento a esses pleitos irresponsáveis, cujos exemplos funestos já têm sido vistos e confirmados em todo o mundo.

Com as facilidades criadas pela informática e pela comunicação à distância, algumas atividades têm podido ser atendidas dentro do sistema de “trabalho a partir de casa” ou “escritório em casa” e essa prática têm suprido também as necessidades da área de ensino, com as aulas à distância para aqueles que têm meios para tal.

Então, percebe-se que é temerosa, leviana e inconseqüente a tentativa de liberação indiscriminada do comércio em geral e especialmente a volta das aulas presenciais, pois essa atitude liberará crianças, jovens e adultos para que, em ambiente fechado, se tornem vítimas mortais desse mal que poderá se propagar de forma irreversível.

O momento deve ser de cautela, muita cautela e responsabilidade, pois a morte é um acontecimento material irreversível.

Carlos Gama.
23/07/2020 10:10:20

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