Mobilidade
urbana é o assunto do momento e o ponto alto de alguns encontros com
autoridades de várias regiões do Estado, para comentarem e discutirem os
problemas da área.
Todavia, no
último desses encontros - ao qual também estive presente -, a única autoridade
a abordar o tema com a amplitude necessária, foi a diretora executiva da
Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem), a engenheira Raquel Chini.
Em sua abordagem
dos problemas de mobilidade urbana, a diretora da Agem foi quem se lembrou do
elemento principal: o ser humano. Sim, foi ela quem se lembrou do cidadão como
pedestre, esse elemento esquecido e que acaba sendo a maior vítima direta dos
problemas da mobilidade urbana. Ao levantar a questão das calçadas mal cuidadas
e dos riscos que correm os transeuntes – especialmente os de mais idade – ela tocou
em uma ferida que a maioria das autoridades e a imprensa em geral procuram
deixar à sombra do comodismo, da politiquice ou do descaso.
Todavia, ainda
que tenha sido abordado o problema das calçadas sem conservação, ficou faltando
tocar em um ponto crucial do problema, que é a ocupação desses espaços de forma
inadequada, seja por locação municipal, seja pelo uso e abuso ou pela falta
total de fiscalização por parte de todos os organismos responsáveis pela
integridade do cidadão que os sustenta a peso de ouro.
A
responsabilidade pelos passeios públicos é do município, mas a fiscalização sobre
os atos falhos do gestor municipal e que muitas vezes geram acidentes e
conseqüências danosas ao cidadão, também é parte da atividade do Executivo
Estadual através do Ministério Público... Quando existe!
Está na hora de
despertar os órgãos de imprensa e as autoridades para que sejam abordados com a
devida clareza e realismo os problemas da “imobilidade urbana”.
Sim, a “IMOBILIDADE
URBANA” é uma realidade claramente visível nas calçadas com passagem impedida
por mesas, cadeiras e até por churrasqueiras, que obrigam os caminhantes a
usarem os leitos carroçáveis com risco das próprias vidas, enquanto os “responsáveis”
fazem vista grossa para essa triste realidade.
Carlos Gama.
06/12/2019
09:59:45
* Dentre os temas discutidos nesse último "encontro" acima mencionado estava o VLT em sua segunda fase (com traçado mais que discutível, mas que não mereceu nenhum destaque ou análise sobre o trajeto mais correto, mais racional e mais econômico, que seria o prosseguimento em linha reta do atual estágio, pelo porto), que a imprensa agora nos alerta que será retardado...
* No mesmo matutino, hoje, quando se fala em mobilidade urbana, trata-se do recapeamento e do alargamento de ruas nos morros da cidade, quando o que deveria estar sendo discutido (por ser mais racional e uma solução definitiva) seria o túnel interligando o coração da cidade de Santos com a sua Zona Noroeste e as principais rodovias, mas...
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