sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

"i" Mobilidade Urbana

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Mobilidade urbana é o assunto do momento e o ponto alto de alguns encontros com autoridades de várias regiões do Estado, para comentarem e discutirem os problemas da área.

Todavia, no último desses encontros - ao qual também estive presente -, a única autoridade a abordar o tema com a amplitude necessária, foi a diretora executiva da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem), a engenheira Raquel Chini.

Em sua abordagem dos problemas de mobilidade urbana, a diretora da Agem foi quem se lembrou do elemento principal: o ser humano. Sim, foi ela quem se lembrou do cidadão como pedestre, esse elemento esquecido e que acaba sendo a maior vítima direta dos problemas da mobilidade urbana. Ao levantar a questão das calçadas mal cuidadas e dos riscos que correm os transeuntes – especialmente os de mais idade – ela tocou em uma ferida que a maioria das autoridades e a imprensa em geral procuram deixar à sombra do comodismo, da politiquice ou do descaso.

Todavia, ainda que tenha sido abordado o problema das calçadas sem conservação, ficou faltando tocar em um ponto crucial do problema, que é a ocupação desses espaços de forma inadequada, seja por locação municipal, seja pelo uso e abuso ou pela falta total de fiscalização por parte de todos os organismos responsáveis pela integridade do cidadão que os sustenta a peso de ouro.

A responsabilidade pelos passeios públicos é do município, mas a fiscalização sobre os atos falhos do gestor municipal e que muitas vezes geram acidentes e conseqüências danosas ao cidadão, também é parte da atividade do Executivo Estadual através do Ministério Público... Quando existe!

Está na hora de despertar os órgãos de imprensa e as autoridades para que sejam abordados com a devida clareza e realismo os problemas da “imobilidade urbana”.

Sim, a “IMOBILIDADE URBANA” é uma realidade claramente visível nas calçadas com passagem impedida por mesas, cadeiras e até por churrasqueiras, que obrigam os caminhantes a usarem os leitos carroçáveis com risco das próprias vidas, enquanto os “responsáveis” fazem vista grossa para essa triste realidade.

Carlos Gama.
06/12/2019 09:59:45

* Dentre os temas discutidos nesse último "encontro" acima mencionado estava o VLT em sua segunda fase (com traçado mais que discutível, mas que não mereceu nenhum destaque ou análise sobre o trajeto mais correto, mais racional e mais econômico, que seria o prosseguimento em linha reta do atual estágio, pelo porto), que a imprensa agora nos alerta que será retardado...

* No mesmo matutino, hoje, quando se fala em mobilidade urbana, trata-se do recapeamento e do alargamento de ruas nos morros da cidade, quando o que deveria estar sendo discutido (por ser mais racional e uma solução definitiva) seria o túnel interligando o coração da cidade de Santos com a sua Zona Noroeste e as principais rodovias, mas...

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