terça-feira, 12 de março de 2019

P.P.P.

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Lido sem muito espaçamento de tempo entre cada uma dessas consoantes, a impressão que se têm é a de uma frase de baixo calão ou até a sigla de uma facção criminosa, entretanto essa abreviação nominal diz respeito a uma forma de contrato entre o poder público e a iniciativa privada. 

Nesse tipo de contrato, o parceiro privado elabora a estrutura da obra de interesse público e recebe a concessão de exploração do bem por determinado período de tempo.

Todavia, em grande parte desses contratos, o conjunto acaba terminando na última das consoantes repetidas, acaba em sujeira, termina com o desvio de finalidade e no atendimento de interesses particulares, o que configuraria crime contra o patrimônio público a ser apurado, mas a harmonia entre os Poderes – prevista na Constituição – acaba impedindo que a sujeira sobrenade.

São esses acordos de interesse público, firmados a portas fechadas com sete chaves - como se cofres fossem – é que dão cabo do conceito de moralidade na gestão da coisa pública e acabam deixando à míngua o erário.

Carlos Gama.
12/03/2019 12:51:52
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