quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Cidade Perdida

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Na semana passada, no dia de encerramento do festival MIRADA, participamos de um dos "Encontrões" propostos pela organização do evento. Esses "encontrões" eram a oportunidade para jornalistas e para o público interessado, conhecerem o que há por detrás das cenas de cada um dos espetáculos apresentados, objetivo, estruturação, elenco e outras questões possíveis de serem levantadas junto a cada diretor das peças.

Nesse último evento, uma das últimas entrevistadas foi a diretora do espetáculo "Cidade Proibida" e, por me lembrar daquele bate-papo foi que me ocorreu dar este título a essa nossa conversa sobre a cidade de Santos. Ainda não uma cidade proibida, mas, com certeza uma cidade perdida que, em parte, ainda pode ser recuperada. Sim, pode ser recuperada em vários de seus aspectos, mas é preciso que todos se envolvam, que todos busquemos soluções, que cada um de nós faça a sua parte e que todos cobremos (no sentido coletivo) de cada um de nossos representantes na Câmara Municipal e na Prefeitura (Executivo) o devido exercício de suas funções.

Chega de faz-de-conta...

Anteontem, colocamos aqui algumas fotos e fizemos alguns comentários sobre elas. Hoje, novamente, em uma saída de pouco mais de uma hora, encontramos pontos a serem mostrados e discutidos; não porque busquemos ver apenas o "negativo", mas em razão dele saltar aos olhos de quem ainda enxerga.

Passa-se ao lado do velho colégio Cesário Bastos - que nos traz lembranças do curso ginasial - e o olhar busca se entreter no verde das antigas mangueiras, cujos restos mortais ainda enfeitam o entorno, mas o que se descobre são parasitas, são ervas-de-passarinho secando a vida desses espécimes. Toda a flora da nossa cidade, infelizmente, passa pelo mesmo estado de abandono ou é vítima do mesmo crime de omissão proposital.


Pouco antes - durante a espera, em um ponto de ônibus, na avenida Washington Luiz  - já nos chamara a atenção o som da brecada e o escorregar dos pneus na areia, sobre o asfalto, à margem de um enorme buraco, cavado na semana anterior e que permanece sem que se restaure o piso original.



Saímos do ambulatório da Santa Casa - ali, onde ficava a empresa A.D. Moreira, na Vila Mathias - e seguimos pela avenida Rangel Pestana, a caminho da NET (eram oito horas e essa empresa só abre às nove; perdemos a viagem, mas valeu o passeio e são excelentes as bananas-prata que compramos na Marechal Pego Júnior) e um trecho de calçada muito rampado (torna-se comum em uma cidade onde não existem mais fiscais-de-obras), parecia mesmo a rampa do mercado ou uma daquelas rampas de barcos, na Ponta da Praia.

Excelente para deficientes físicos que andam de muletas ou tenham uma das pernas mais curta...Mas isso só vale na ida ou na volta, nunca nos dois sentidos.

Um desnível de, no mínimo, trinta centímetros.


Já que falamos em deficientes físicos, pretendíamos voltar a abordar também as "catapultas" construídas nas esquinas (especialmente na Avenida Costa, em toda a sua extensão), durante a gestão municipal anterior, para "facilitarem" a vida dos cadeirantes e daqueles que usam outros aparelhos e têm dificuldade de locomoção. Todavia, para não cansar o leitor (se é que haverá algum!) decidimos deixar para amanhã ou depois...

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