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As podas – raras
podas – nas árvores de Santos parecem ter sido escritas antes da reforma
ortográfica de 1945.
Além do trabalho
primário (se não analfabeto) de quem conduz e de quem executa o crime, ainda
deixam - talvez como forma de respeito ao meio e quiçá ao ambiente - todos os
parasitas, que aos poucos vão minando os vegetais, provavelmente para garantir
a não sobrevivência dos espécimes que não tombarem com o primeiro pé-de-vento.
São anos
seguidos de abandono do arvoredo já não muito adequado ao nosso tipo de solo -
como os ingazeiros que têm raízes à flor da terra, o que não lhes confere muita
firmeza - e que vão sendo podados somente na parte mais baixa, mantendo-se a
copa que vai crescendo, crescendo e ficando com ares de espanador de pó, com um
cabo longo e um penacho no topo cada vez mais alto, dificultando o equilíbrio.
Tudo isto,
contrariando os princípios da física, demanda apenas algum tempo para que o
espécime mal cuidado e maltratado despenque ao menor sopro do vento, danificando
construções, veículos e colocando em risco as vidas dos que porventura estejam
próximos em ocasiões como essas. Os exemplos são muitos, mas parecem não
incomodar a quem deveria cuidar dessas questões.
Carlos Gama.
12/08/2020
19:25:35
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