terça-feira, 23 de julho de 2019

Acadêmicos da Cerveja

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Cresce a cada dia o número dos jovens que trocam as salas de aula nas universidades pelos balcões e pelas mesas de bares, onde logo cedo (sim, ainda pela manhã) se iniciam ou se aprimoram no hábito de consumo das bebidas alcoólicas.

O alcoolismo na maioria das vezes é a porta larga de entrada pelo caminho dos vícios mais variados e deve ser desestimulado a partir de casa, do seio da família, mas é um mal a ser combatido de forma persistente também pelos Poderes do Estado.

Aqui, em Santos, a legislação municipal tem procurado inibir, ainda que de forma débil, o acesso aos bares, aumentando o limite de distância permitido entre as universidades e esses locais, mas o que se vê ocorrendo é a abertura de novos antros, a pouco mais dos trezentos metros especificados.

Pouco antes do início das férias escolares, escrevi uma carta a um dos jornais da região – infelizmente, o único que mantém espaço para manifestação dos leitores -, quase em tom de crônica, abordando uma cena muito triste, observada em um ambiente desses, onde a passagem dos pedestres era barrada pelos nobres estudantes, algumas vezes contando com a companhia daqueles que provavelmente, em aula, lhes dão vagas noções sobre o direito de ir e de vir.

O alcoolismo é uma doença degradante, de difícil combate e, como lembrado acima, é porta de entrada para outros vícios, alguns deles ainda mais mortais.

É preciso que as autoridades, os pais, os professores e até os orientadores religiosos se unam nessa luta contra esses males que corroem as famílias, degradam as profissões e assoberbam o Estado com o atendimento, mesmo que falho, aos dependentes de substâncias inebriantes.

Carlos Gama.
23/07/2019 20:12:01
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