Cresce a cada
dia o número dos jovens que trocam as salas de aula nas universidades pelos
balcões e pelas mesas de bares, onde logo cedo (sim, ainda pela manhã) se iniciam
ou se aprimoram no hábito de consumo das bebidas alcoólicas.
O alcoolismo na
maioria das vezes é a porta larga de entrada pelo caminho dos vícios mais
variados e deve ser desestimulado a partir de casa, do seio da família, mas é um
mal a ser combatido de forma persistente também pelos Poderes do Estado.
Aqui, em Santos,
a legislação municipal tem procurado inibir, ainda que de forma débil, o acesso
aos bares, aumentando o limite de distância permitido entre as universidades e
esses locais, mas o que se vê ocorrendo é a abertura de novos antros, a pouco
mais dos trezentos metros especificados.
Pouco antes do
início das férias escolares, escrevi uma carta a um dos jornais da região – infelizmente,
o único que mantém espaço para manifestação dos leitores -, quase em tom de
crônica, abordando uma cena muito triste, observada em um ambiente desses, onde
a passagem dos pedestres era barrada pelos nobres estudantes, algumas vezes
contando com a companhia daqueles que provavelmente, em aula, lhes dão vagas
noções sobre o direito de ir e de vir.
O alcoolismo é
uma doença degradante, de difícil combate e, como lembrado acima, é porta de
entrada para outros vícios, alguns deles ainda mais mortais.
É preciso que as
autoridades, os pais, os professores e até os orientadores religiosos se unam
nessa luta contra esses males que corroem as famílias, degradam as profissões e
assoberbam o Estado com o atendimento, mesmo que falho, aos dependentes de
substâncias inebriantes.
Carlos Gama.
23/07/2019
20:12:01
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