Saudades

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Tenho visto muitas vezes, ultimamente, as menções a uma possível célebre frase dita pelo ex-presidente João Batista Figueiredo, às vésperas de deixar o poder: “vocês ainda irão sentir saudades minhas”.

Lembrei-me dela nesta manhã, enquanto caminhava, porque eu pensei que nada suplantasse os desmandos e a inépcia das últimas administrações da cidade de Santos. 

Quando vejo o caos que se instalou na cidade, eu relembro essa frase mas, em são consciência não posso dizer que sinto saudades das administrações anteriores, mas me ressinto da ausência do antigo “OUVIDOR”, um exemplo clássico de independência e de consciência da responsabilidade de sua função.

Nos primeiros meses da atual gestão dava-se o devido desconto, mas, depois de meio ano de governo, já se percebe nitidamente que o alcaide vai deixar a sua marca registrada nesta cidade fim.

Embora em alguns aspectos negativos a gestão anterior seja imbatível, ela possuía uma qualidade, que era ouvir os reclamos e algumas das denúncias feitas pela população, através da eficácia de sua “OUVIDORIA”; coisa que hoje já não acontece.

Atualmente, mesmo que se reiterem as denúncias, os veículos abandonados ficam nos mesmos lugares; os automóveis, em algumas revendedoras, continuam avançando nas calçadas e a ausência dos “agentes” de trânsito, em todos os locais, continua patente (exceto na fiscalização de estacionamentos regulamentados) e essa carência abre espaço para os muitos motociclistas e motoristas que avançam sinais vermelhos, que transformam os dois últimos quarteirões da Avenida Rodrigues Alves em pista de corrida e por aí vamos, à espera de que alguém desperte antes das conseqüências.

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