domingo, 9 de junho de 2013

O Desvio do "Desvio"

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Todos desconfiam que em Santos tem gente de calças largas e bolsos fundos; gente que dita regras, mas não deixa rastros visíveis para a comprovação, apesar das muitas coincidências em inúmeros momentos e em vários acontecimentos.

Desativaram  os trens (é, já falamos disto no texto anterior), mas sobraram os caminhos por onde eles transitavam, cortando a cidade. Sobraram também alguns armazéns e imensas áreas de manobras, incrustadas no seio de regiões nobres e imensamente valorizadas. Uma destas áreas (dezenas de milhares de metros quadrados), pelo Código de Posturas do Município, não poderia abrigar determinados tipos de atividades e preferencialmente deveria ser ocupada como área de lazer e esportes da comunidade, mas, ainda assim o poder estadual decidiu licitar e entregar à iniciativa privada, nos últimos anos do século passado.

Um grande grupo supermercadista ganhou o leilão com a oferta de trinta milhões de reais.
Imediatamente, um empresário que atua na cidade embargou a transação, porque a destinação feria as normas do Código de Posturas.

Algumas semanas depois um novo “código” foi aprovado e a área pôde voltar à licitação, sendo adquirida pelos mesmos trinta milhões, mas agora, pelo empresário que embargara a licitação anterior. Parte da área foi revendida, depois, ao mesmo grupo supermercadista que vencera a primeira batalha. Num segundo momento, até um posto de combustíveis lhe foi permitido construir ali, apesar da proximidade (poucos metros de distância ) de um hospital e de uma escola, contrariando frontalmente as regras que, aí, não precisaram ser alteradas.

Pois é aí, à margem destes empreendimentos, que não pode (não deixam) passar o VLT (por isso o projeto e o percurso foram modificados); esse é o nosso questionamento e passam também pelo mesmo caminho as falácias pouco claras da EMTU, como resposta, pela imprensa.

QL: essa área fica entre o canal 2 e a Avenida Ana Costa, mas, para não dar tanto na vista (essa gente é convenientemente cega!), começaram a desviar bem antes, logo depois do canal 1 e a EMTU afirma – desmentindo o projeto em início de execução e amplamente divulgado pela mídia - que o desvio é somente entre os canais 1 e 2.
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