domingo, 30 de junho de 2013

Embrulhadas Municipais e Estaduais

.
.
.
Política é mesmo a arte da falácia e do engodo, não importando a época e nem a questão dos lados dos bolsos (direitos ou esquerdos). 
Quase todos os dias eu leio as manifestações de organismos públicos, ocupando as colunas que em tese seriam dedicadas aos leitores, para driblar a opinião popular e espalhar as inverdades que acabam formando a "opinião" de uma grande parcela popular. 
Como o tempo é curto - eu estou saindo para viajar - comento apenas as mais recentes manifestações de dois organismos mais próximos. 
A Secretaria de Serviços Públicos de Santos, hoje (29/6/2013), responde a duas leitoras, em cartas distintas - matando o espaço no jornal - sobre a "padronização" das calçadas da cidade, justificando-a como sendo "um meio de resgatar a função social deste equipamento, que é a livre circulação"...Então, por que continuar alugando esse mesmo espaço para camelôs, mesas, banquinhos e cadeiras de estabelecimentos comerciais, em detrimento dos pedestres?
O outro organismo, que prima pelas inverdades e pelas informações truncadas, é a EMTU (do governo do estado), que continua driblando os cidadãos e desvirtuando o conhecimento que se deveria ter sobre a realidade do traçado do bonde triplo (VLT); traçado que foi nitidamente alterado, para atender a interesses particulares, desviando o trajeto para o centro de uma das avenidas de maior movimento em Santos, para fazê-lo retornar ao leito original, algumas centenas de metros depois, ocasionando duas interrupções no fluxo de tráfego. 
Recebi uma mentira, como resposta ao meu questionamento, rebati, mas não ganhei espaço na imprensa local.
.
.
.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Miscelânea

.
.
.
Uma longa mistura de massa encefálica com campanha do agasalho

Sai-se pela manhã, como todos os dias, desta vez a caminho de um exame de sangue. Ah! Quando a idade bate...
Lá vamos nós “pulando amarelinha”, tentando ter atenção aos buracos e nos desníveis nas calçadas - porque um tombo nessa idade, se não for fatal gera uma série de transtornos – e nos desviando, quando possível do festival de material encefálico humano (cocô de cachorro) que recobre cada vez mais as calçadas da cidade.
Seis quarteirões adiante, na avenida Ana Costa, tomamos um ônibus que vinha de São Vicente e que nos deixaria na Vila Mathias, local da coleta de sangue.
Os assentos preferenciais estavam todos ocupados...
Fomos lá para o fundão do coletivo. Um jovem que estava sentado junto ao corredor, logo se desloca para junto da janela, cedendo aquele lugar para minha companheira. 
No banco da frente, um outro passageiro, não tão jovem, não tão magro e não tão branco se desloca também, mas eu agradeço e justifico com a nossa descida logo adiante. 
Ele não era tão magro, eu também não e esses bancos estreitos com braços, geram muito desconforto, especialmente entre os homens. Haja saco!
Ele insiste em se levantar para que nós dois nos sentemos juntos. Agradeço e reitero a nossa descida próxima; ele continua lendo o seu jornal e eu fico em pé. Seis pontos de parada depois, ao nos prepararmos para descer, eu aproveito para agradecer as gentilezas. Eles sorriem e o mais “forte” nos deseja boa semana (eu não compreendo), mas minha acompanhante retribui os votos. Seguimos comentando a existência, ainda, de gente educada...Uma minoria, mas existe.
No local azado recebemos nossa senha de atendimento e nos sentamos para esperar, batendo papo. Quando chega a vez dela ser atendida eu abro o meu livro e me delicio com a leitura e com as conjeituras sobre a fidelidade do povo e de nosso país aos maus costumes, arraigados talvez no nosso DNA; afinal, Lima Barreto era expert em mostrar as mazelas da sociedade de seu tempo (parece ter escrito anteontem, essas linhas publicadas no início do século passado).
Após o atendimento, saímos, comigo resmungando por conta de uma parideira bem arrumada, que não dava atenção ao seu bezerrinho que brincava alegre, com a porta eletrônica do local de atendimento, vendo-a abrir e fechar dezenas de vezes seguidas.
Caminhamos um pequeno trecho, sempre observando os desmandos e atravessamos no sinal verde, na faixa de segurança e esperamos a abertura do outro lado da via de mão dupla. Em Santos, as alimárias que cuidam do trânsito, há nos, não conseguem coordenar a abertura dos semáforos de pedestres, em vias de duas pistas. Nem todos têm paciência para esperar e os acidentes acabam acontecendo em maior número.
Já no ponto de parada, do outro lado da avenida, pudemos ver como alguns velhos e outros não tão velhos - para economizarem dez ou vinte passos - atravessam a dez metros da faixa de pedestre, cruzando o velho abrigo de bondes.
Chega o ônibus, que minha mulher pensou ser de turismo (a pintura de novos trambolhos mudou, colocaram ar-condicionado e wi-fi – eu nem sabia o que era isso). 
O outono troca de lugar com o inverno na próxima semana e nesta segunda vez que faço uso de um desses “modernos” coletivos, é que eu acabo entendendo realmente o que significa a “Campanha do Agasalho”, promovida pela Prefeitura Municipal de Santos em sociedade com a Piracicabana. 
Já com dor de cabeça, descemos três pontos adiante e seguimos a pé.
Nossos cumprimentos, senhor Prefeito!
.
.
.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Santos Comentada: "Garibando" a Zona

Santos Comentada: "Garibando" a Zona: . . . No texto de ontem nós mostramos um pouco do caos em que se transformou a cidade de Santos.  Bem, essa é a nossa opinião, mas não...

"Garibando" a Zona

.
.
.
No texto de ontem nós mostramos um pouco do caos em que se transformou a cidade de Santos. 
Bem, essa é a nossa opinião, mas não é a de muitos dos que vem convivendo com a "baderna organizada" que assola algumas cidades do país, especialmente a capital de São Paulo.
A primeira imagem de ontem mostrava o caminhão estacionado, encostado ao tapume de uma obra, em avenida de grande movimento, sem que criassem uma passarela para os pedestres dentro do leito carroçável.
Parece que a denúncia funcionou ou terá sido coincidência?

Clique sobre as fotos para ampliar


Ainda na publicação de ontem, com o título "A Zona", mostramos uma calçada atravancada por um caminhão frigorífico e comentamos que é coisa de todos os dias.
Hoje fotografamos o mesmo local e veículos estacionados (não em descarga) obstruindo parcialmente o passeio público:



A imagem a seguir foi feita hoje, mas outra igual já foi enviada por nós à CET Santos, há dois meses, mas o resultado foi nulo. Este veículo está no mesmo local há três meses:


.
.
.


quarta-feira, 12 de junho de 2013

A Zona

.
.
.
Tenho saído de casa todas as manhãs para acompanhar minha mulher à fisioterapia; saio raras vezes em outros horários. Ainda assim, mesmo que não cace  ou procure, por ter sempre uma máquina à mão, acabo fotografando ou filmando situações das mais inimagináveis se o país fosse civilizado e Santos uma terra que tivesse governo. 

Infelizmente não é assim e a nossa terra virou uma “ZONA” (com todas as letras maiúsculas).
As fotos que se seguem, foram feitas nas duas últimas manhãs (ontem e hoje):

A foto abaixo foi feita ontem (11/6/2013) pela manhã, na Avenida Washington Luiz, entre a Avenida Francisco Glicério e a Rua Alexandre Herculano (observe que, além do tapume ter avançado até o meio da calçada, o primeiro veículo está encostado nele, impedindo totalmente a passagem de pedestres, forçando-os a irem para o leito carroçável, sem que se crie uma área de passagem protegida por cones). Depois de havermos passado por ali, pelo meio da avenida, o transeunte que viera ao mesmo tempo que nós reclamou e o funcionário da empresa, no momento em que faço esta foto, ainda faz sinal de "positivo", naturalmente em tom de "troça", de acinte, de pouco caso, que é o acontece também com a desadministração pública: pouco caso.

A imagem abaixo é do dia seguinte (hoje) e, para evitar qualquer dissabor mudamos o nosso trajeto, fazendo-o mais longo, depois de fotografar o local e o mesmo desmando:

Depois da sessão de fisioterapia, voltamos pela Avenida Francisco Glicério, que foi nosso caminho também na ida. A imagem seguinte mostra o caos em que se encontra a cidade de Santos. A prefeitura está abrindo passagens no muro recém construído pela "indigestão" anterior (constrói e quebra, porque o dinheiro não é de quem "faz que administra"). um funcionário opera a britadeira, enquanto uma legião deles apenas observa, pagos com o nosso dinheiro. Observe-se que a calçada também está obstruída pela máquina em operação e pelos "assistentes"; ao lado está estacionado o caminhão da prefeitura, sem que haja uma área isolada para a passagem dos pedestres:

 Prosseguimos a caminho de casa, eu fiz outras fotos, de outros eventos, mas não sei se a colocação, aqui, irá gerar peso em excesso e demora na abertura da página (tenho outras fotos posteriores - da mesma manhã - de um outro evento, onde o abuso é mais gritante e é constante, é diário, como o que se segue). Ocorreu por volta das dez horas da manhã de hoje, na mesma Avenida Washington Luiz, na esquina da Avenida Rodrigues Alves:
Para não se darem ao trabalho de movimentarem as caixas de pescado, em carrinhos de mão - por estrita falta de fiscalização ou "conivência interesseira" - o caminhão fecha o trânsito pelo passeio público e ainda avança em metade do leito carroçável (onde aparece um automóvel, na margem do canal, é permitido o estacionamento; o leito livre, para o trânsito de veículos permite a passagem simultânea de dois autos de passeio).
Isto é comum e é diário; basta "querer" ver...
"Peixe faz bem à saúde!"

Esta é a cidade de Santos, desadministrada por duas gestões consecutivas do PDT/ PP, a seguir por duas iguais ou piores do PMDB e agora mal cuidada por uma administração de um PSDB preocupado apenas com acordos políticos.

E, DEUS nos livre de uma administração do PT.

Com os políticos que elegemos (nossos representantes e a cara da maioria de nós), tem-se a certeza de que o fim do mundo está próximo.
.
.
.
.
.
.
.
.
.

domingo, 9 de junho de 2013

O Desvio do "Desvio"

.
.
.
Todos desconfiam que em Santos tem gente de calças largas e bolsos fundos; gente que dita regras, mas não deixa rastros visíveis para a comprovação, apesar das muitas coincidências em inúmeros momentos e em vários acontecimentos.

Desativaram  os trens (é, já falamos disto no texto anterior), mas sobraram os caminhos por onde eles transitavam, cortando a cidade. Sobraram também alguns armazéns e imensas áreas de manobras, incrustadas no seio de regiões nobres e imensamente valorizadas. Uma destas áreas (dezenas de milhares de metros quadrados), pelo Código de Posturas do Município, não poderia abrigar determinados tipos de atividades e preferencialmente deveria ser ocupada como área de lazer e esportes da comunidade, mas, ainda assim o poder estadual decidiu licitar e entregar à iniciativa privada, nos últimos anos do século passado.

Um grande grupo supermercadista ganhou o leilão com a oferta de trinta milhões de reais.
Imediatamente, um empresário que atua na cidade embargou a transação, porque a destinação feria as normas do Código de Posturas.

Algumas semanas depois um novo “código” foi aprovado e a área pôde voltar à licitação, sendo adquirida pelos mesmos trinta milhões, mas agora, pelo empresário que embargara a licitação anterior. Parte da área foi revendida, depois, ao mesmo grupo supermercadista que vencera a primeira batalha. Num segundo momento, até um posto de combustíveis lhe foi permitido construir ali, apesar da proximidade (poucos metros de distância ) de um hospital e de uma escola, contrariando frontalmente as regras que, aí, não precisaram ser alteradas.

Pois é aí, à margem destes empreendimentos, que não pode (não deixam) passar o VLT (por isso o projeto e o percurso foram modificados); esse é o nosso questionamento e passam também pelo mesmo caminho as falácias pouco claras da EMTU, como resposta, pela imprensa.

QL: essa área fica entre o canal 2 e a Avenida Ana Costa, mas, para não dar tanto na vista (essa gente é convenientemente cega!), começaram a desviar bem antes, logo depois do canal 1 e a EMTU afirma – desmentindo o projeto em início de execução e amplamente divulgado pela mídia - que o desvio é somente entre os canais 1 e 2.
.
.
.

sábado, 8 de junho de 2013

O Drible do Desvio

.
.
.
O interventor retirou de circulação os bondes, com certeza para atender aos interesses da empresa fabricante de ônibus.
Agora, depois de quarenta anos, querem devolver os bondes e os trilhos à cidade, sob influência de fabricantes europeus.
Há quem goste e quem não goste. Afinal a cidade é antiga – muito antiga – tem ruas estreitas e construções seculares e outros bens tombados que também devem ser preservadas.
O projeto original destacava o uso do traçado da antiga EFS (Estrada de Ferro Sorocabana), que cortava a cidade ligando o porto ao Vale do Ribeira, até ser desativada como quase a totalidade das ferrovias brasileiras, sempre com ações escusas ou discutíveis e no interesse das (agora são várias) fabricantes de veículos rodoviários movidos a diesel.
Logo depois – sabe-se lá por pressão de quem – o traçado foi modificado e, em audiência pública de dois anos atrás, a alteração foi questionada por escrito. Por falta de tempo hábil a pergunta ficou de ser respondida por e-mail, mas não foi. O cidadão insistiu e enviou dois ou três mensagens à EMTU (empresa responsável pela coisa), mas ainda assim não obteve resposta.
Por fim, escreveu a uma matutino regional e teve seu questionamento publicado. Ele queria (quer, porque a resposta foi truncada, evasiva e hipócrita) saber as razões do desvio do traçado entre o canal 1 (Santos é cortada por canais) e a Avenida Conselheiro Nébias, que fica entre o canal 3 e o 4.
De imediato a empresa “responsável” ocupou o mesmo espaço na mídia impressa, para responder com uma porção de informações de conhecimento público e algumas falsidades em relação ao questionamento feito, desviando até o desvio do original, mantendo-o entre os canais 1 e 2, porque não é conveniente reconhecer que o interesse de uma única pessoa possa sobrepujar o interesse público; mas isso é assunto para o próximo artigo...
.
.
.

Os Dribles


.
.
.
Quando se fala na cidade de Santos e o título é este, a primeira imagem é a do clube onde jogou Pelé, jogaram muitos outros grandes craques e, ultimamente jogou também Neymar.

Mas os dribles que queremos lembrar são aqueles aplicados por aproveitadores com a conivência do poder público, como vem ocorrendo com as passagens de ônibus.

Com a conversa mole de baixarem as tarifas de transporte coletivo, retiram dos ônibus os cobradores, mas amaciaram com a promessa de colocarem vendedores de passes em cada parada de ônibus. Cumpriram apenas a última parte, por algum tempo e depois foram retirando esses empregados, deixando que os motoristas assumissem essa outra função sem remuneração.

Motorista libera catraca para idosos e outros não pagantes, recebe dinheiro e faz troco, dirige sob pressão de horário nesse trânsito caótico, fica ouvindo conversa mole de gente desocupada e surda, papos ao celular em tom de beira de cachoeira e, de quebra, malcriadez de gente ignorante.

Levou anos, para que algumas entidades começassem a se preocupar com os motoristas emocional e fisicamente desgastados, exigindo a volta dos cobradores.

A saída dos espertos e de seus parceiros, foi a suspensão da cobrança em dinheiro, exigindo que o passageiro comprasse cartões de transporte com vários créditos em reais (não em valor da passagem), capitalizando a empresa concessionária, mesmo que não precisasse de todos ou que fosse usar apenas um, como acontece com os turistas ou com quem usa transporte público esporadicamente.
Agora a coisa anda em discussão, para ver se a prefeitura municipal tem poderes para revogar a Lei de Contravenções Penais e proibir o uso da moeda corrente no país.
.
.
.