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Nestas duas
primeiras décadas do novo século, este título com certeza ensejará uma série de
interpretações antecipadas, mas iremos tentar corrigir essa impressão ao longo
da dissertação ou desta análise pessoal sobre o tema proposto.
Contestador
irreprimível daquele que alcunhei de “acordo de pocilga”, sinto-me perdido e
solitário nesse caminho tortuoso e difícil, que é o nosso idioma.
Sim, nosso! Porque
embora derive do idioma de Portugal, o português falado e escrito no Brasil difere
sobremaneira do original, tem personalidade própria e não deve estar sujeito a
mudanças temporais para atender a políticas de momento. Entretanto, de tempos
em tempos, aquilo que já foi aprendido por aqui e está enraizado, acaba
passando por mudanças oriundas de “acordos” que impedem que o nosso idioma se
consolide.
Não bastassem
esses “acordos” e as “reformas” que neles têm origem, ainda é preciso combater
a aceitação, a concordância ou a submissão cômoda às alterações que atropelam a
chamada “norma culta”.
Pernicioso
também, é procurar classificar a “norma culta” como sendo um traço de elitismo,
que tenderia a alijar os menos cultos ou os menos afeitos à leitura e, aí, passa-se
a criticar o correto, como forma de tentar igualar os desparelhados, dentro de
uma cultura política onde a socialdemagogia busca imperar, iludir e a "fazer de conta",
com o intuito talvez de nivelar e de nos “emburrecer” a todos.
Hoje - retomando
o fio da meada -, o que passa a nos incomodar também, é a submissão de alguns
ao que resolveram alcunhar de “português moderno”, que nada mais é que o velho
português corrupto, mas que nada tem a ver com a sua primeira impressão.
Carlos Gama.
18/4/2019
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