quinta-feira, 18 de abril de 2019

O Português Corrupto

.
.
.

Nestas duas primeiras décadas do novo século, este título com certeza ensejará uma série de interpretações antecipadas, mas iremos tentar corrigir essa impressão ao longo da dissertação ou desta análise pessoal sobre o tema proposto.

Contestador irreprimível daquele que alcunhei de “acordo de pocilga”, sinto-me perdido e solitário nesse caminho tortuoso e difícil, que é o nosso idioma.

Sim, nosso! Porque embora derive do idioma de Portugal, o português falado e escrito no Brasil difere sobremaneira do original, tem personalidade própria e não deve estar sujeito a mudanças temporais para atender a políticas de momento. Entretanto, de tempos em tempos, aquilo que já foi aprendido por aqui e está enraizado, acaba passando por mudanças oriundas de “acordos” que impedem que o nosso idioma se consolide.

Não bastassem esses “acordos” e as “reformas” que neles têm origem, ainda é preciso combater a aceitação, a concordância ou a submissão cômoda às alterações que atropelam a chamada “norma culta”.

Pernicioso também, é procurar classificar a “norma culta” como sendo um traço de elitismo, que tenderia a alijar os menos cultos ou os menos afeitos à leitura e, aí, passa-se a criticar o correto, como forma de tentar igualar os desparelhados, dentro de uma cultura política onde a socialdemagogia busca imperar, iludir e a "fazer de conta", com o intuito talvez de nivelar e de nos “emburrecer” a todos.

Hoje - retomando o fio da meada -, o que passa a nos incomodar também, é a submissão de alguns ao que resolveram alcunhar de “português moderno”, que nada mais é que o velho português corrupto, mas que nada tem a ver com a sua primeira impressão.


Carlos Gama. 
18/4/2019
.
.
.

Nenhum comentário: