segunda-feira, 29 de junho de 2015

ELES NÃO FALTAM AO PLANTÃO


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Todos os dias, o que se vê é o espaço dedicado aos leitores - já raro nos jornais - ser ocupado sem limites pelos assessores de imprensa dos organismos públicos, para rebaterem e tergiversarem sobre aquilo que opinam os cidadãos, usualmente com conhecimento de causa.

Porta-vozes da área política, só poderiam mesmo sobreviver da mentira, das falsas informações ou da distorção dos fatos.

Tão triste quanto a mentira, é a ocupação impositiva das áreas já poucas de que dispõem os leitores nos jornais impressos e talvez por isso eles vão tão rapidamente a caminho de seu ocaso natural, perdendo dia a dia espaço para as redes sociais, onde a manifestação é mais democrática.

Aí, então, técnicos, teóricos, estudiosos e cientistas ocasionais dos fenômenos culturais tentam descobrir as razões ou responder aos questionamentos dos donos dos impressos.

Talvez a saída, senhores editores (se é que já não se faz tarde em demasia), seja abrir mais espaço, muito mais espaço, para a manifestação dos leitores em seus jornais impressos; mas, façam isso antes que as portas se fechem sobre o vosso atraso ou sobre a mesmice que serpeia essas velhas trilhas.

E aos falastrões de plantão, temos a dizer que ponham as barbas de molho, pois as vossas tramóias, as falácias e as tergiversações não angariam votos, mas desrespeito e antipatia.

QL*: Na carta de hoje, da CET Santos em A Tribuna, o “assessor” (assessor, geralmente é aquele que provoca acesso...De raiva!)  rodeia, enrola e vem com a conversa mole sobre pequenas distâncias anteriores, entre pontos de parada de ônibus. Depois afirma que a distância máxima que o usuário deve andar, hoje, é de duzentos metros, pois cada ponto dista do outro quatrocentos metros. Talvez fosse verdade em alguns casos, se cada usuário morasse na mesma avenida aonde passa o ônibus.

Poderíamos até citar alguns exemplos que contradizem essa afirmação sobre distâncias, mas não serviriam de nada, pois essa gente só anda de automóvel, geralmente de chapa oficial e com motorista.

·      * Quando Lembrei.
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sexta-feira, 12 de junho de 2015

SOCIALDEMAGOGIA

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O mundo celebra hoje o Dia do Combate ao Trabalho Infantil...Ora, puta que os pariu!

Antes das reticências, estava o conteúdo de uma matéria de jornal e eu vou continuar com ele...

Definido em 2002 pela Organização Mundial do Trabalho (OIT), a data buscar (copiado na íntegra) chamar a atenção para um problema que, muitas vezes, passa despercebido pela sociedade (riamos à vontade).

A data representa uma oportunidade de mostrar à população o quanto isso compromete o futuro de crianças e adolescentes. Além disso, tenta desconstruir um discurso, ainda muito presente no Brasil, de que a atividade laboral "enobrece", a fim de justificar que eles trabalhem desde cedo.

Em Santos foram identificados 182 crianças e adolescentes nessa situação.

Agora, volto eu...

Não vou me desculpar pelo “puta que os pariu”, acima, porque me preocupei anteontem com o título “O ciclista que se foda” e as pessoas com as quais me preocupava e me desculpei, abriram mão do direito de se sentirem ofendidas, pois a expressão, na opinião delas, era justificada. Espero que esta também o seja.

Não vou tecer qualquer comentário ao texto compilado do jornal, pois o seu conteúdo fala por si e pode ser analisado por quem o queira fazer honestamente e sem uso da tão comum socialdemagogia, que hoje permeia toda a estrutura da sociedade e preenche de ar as caixas cranianas dos seus adeptos.

Ontem, na Santa Casa de Santos, eu encontrei um antigo companheiro de trabalho, que ainda continua nos quadros da CODESP e falávamos de trabalho e de porto, porque as dores e as tensões de um pai à espera de notícias de uma filha que se encontrava no Centro Cirúrgico, já eram bastantes para o meu amigo.

A conversa fluiu em torno do porto, porque ele me perguntou se eu estava aposentado.

Ele, apesar de aposentado, continua trabalhando e, respondendo a uma pergunta minha, acabou falando de um outro colega daqueles tempos idos, que acabou se desligando da companhia, aonde trabalhara desde os catorze anos. Naquele tempo, os menores-aprendizes ingressavam nas oficinas da companhia, freqüentavam a Escola Docas, faziam carreira na empresa e progrediam. Alguns progrediram muito!

Aí, quando ele falou da idade com que o outro ingressara nas oficinas, eu não pude deixar de apartear e dizer:

-É, naquele tempo, trabalhar não era crime!

Hoje, os menores já não são mais “aprendizes” e como profissionais, estão assaltando nas esquinas, fazendo malabarismo nos semáforos, atuando nos bordéis ou no tráfico, mas a socialdemagogia não perde o estímulo e nem ganha forças para enfrentar a realidade que não lhe convém.
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