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Induzidos pela capacidade de convencimento que acompanha
todo o político e pela propaganda maciça onde o poder público investe grande
parcela do dinheiro não desviado, o eleitor brasileiro acaba crendo em
histórias da carrocinha e acaba caindo em contos da mesma origem.
Ontem, a
presidente da república esteve na cidade de Santos para comunicar a liberação
de verbas para obras essenciais ao trânsito de veículos.
Veio fazer
propaganda, veio reforçar o apoio ao seu candidato ao governo do estado, assim
como também veio o atual governador com o mesmo objetivo pessoal e eleitoral.
Durante a sua
digressão político-eleiçoeira, a presidente aproveitou para colorir a imagem
desgastada da estatal petrolífera – emaranhada em escândalos vários e de
tamanho desmedido - afirmando que os frutos do pré-sal irão, a partir de dois
mil e dezessete, beneficiar as áreas da saúde e da educação, ao longo de trinta
e cinco anos.
Partindo do
pressuposto que o pré-sal não seja uma “barca furada” - quando o mundo todo
navega por outros mares e por outras rotas - e que vai haver seriedade bastante
para que se invista realmente em saúde e educação, qual a razão de não estarmos
fazendo isso, hoje?
Afinal, tem sobrado dinheiro para construirmos portos no
estrangeiro, beneficiando parceiros políticos e empreiteiras financiadoras de
campanhas.
Ainda partindo do pressuposto de que tudo vai dar certo, por qual
razão um espaço de tempo específico? Em trinta e cinco anos a fonte vai secar
ou é apenas mais um número para ludibriar o ouvinte crédulo e inocente?
Inocência talvez
não!
Por que esperar
mais três ou quatro anos pelos royalties do pré-sal, se temos vinte e quatro
bilhões já investidos em uma refinaria que está sendo construída no Brasil para
refinar apenas o petróleo da Bolívia?
Por que esperar
esse tempo todo, se estamos em condição de perdoar as dívidas contraídas
conosco por outros países?
Você, que chegou
até aqui, com certeza percebeu e sorriu ao ler sobre as histórias da
carrocinha...
O que ali foi
escrito está correto, foi consciente, porque – embora desrespeitemos os de
quatro patas – tudo isso que se vê na política, não passa da mais pura
“cachorrada”.
Se você se
escandalizou com o que leu, então fique atento e não perca o pique da bola,
porque o que não se vê ou não se lê, é ainda pior.
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