terça-feira, 24 de junho de 2014

A Copa

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Por mais difícil que seja acreditar, a atual administração da cidade vai acabar ganhando a Copa do A. A.

Não, não tem nada a ver com alcoólicos anônimos, esta é a Copa do Abandono Administrativo.

Esforçando-se para que tudo dê certo e a vitória aconteça, alguns secretários nem pensam em sair da concentração.

Essa é mesmo uma Copa diferente, porque ninguém entra em campo e nem precisa correr atrás da bola. Basta deixar o barco à deriva.

No trânsito, todos vêem cada vez menos.

Carros e caminhões estacionados bem embaixo de placas de proibição; automóveis abandonados durante meses, dão a nota do descaso.

Obras?

Obras muitas e ao deus-dará dão a tônica dos que “obram” como e onde querem.

Calçadas interditas jogam os pedestres para o meio das ruas, ao sabor das máquinas mortíferas.

Não, também não estamos contra o prefeito, estamos contra tudo o que deveria ser feito e não se faz.

Dois quarteirões apenas e quem quiser ver verá.

Vá a pé pela Avenida Rodrigues Alves, em direção da Avenida Conselheiro Nébias e logo no início do trajeto vai encontrar dois caminhões estacionados – como todos os dias – em área proibida.

No meio do caminho, à sua esquerda, há uma via transversal; ali, há meses, um auto abandonado alimenta o verde que vai crescendo à sua sombra imóvel. Dá para ver daqui mesmo!

Continue em direção da avenida principal e vai ter de atravessar a rua, porque há cinco dias a calçada está totalmente obstruída pelo cimento novo, mas ninguém providenciou um cordão de isolamento para os pedestres. Como acontece há meses, aquele espaço acaba sempre isolado pela areia ali descarregada ou pelos outros materiais em uso na obra. 

Calçada, em Santos, é para ser alugada pela prefeitura ou ser usada como privada para cachorro e alguns moradores de rua.

Para não pôr a vida em risco, você atravessou a rua e, logo mais adiante, quando o leito é bifurcado e o espaço reduzido e onde há placa de proibição de estacionamento, você vai se deparar com táxis e autos particulares estacionados exatamente onde a passagem no leito carroçável é mais estreita.

Estreita como a visão dos que bem recebem para mal administrarem a cidade.
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