O título está
correto, o que não está certo é o compartilhamento das vagas na administração
pública, sem que isso gere resultados positivos ou a justa contrapartida pelo
muito que acabam recebendo do erário.
Essa é uma
prática que se arrasta no tempo e na história, mas foi-se o tempo em que a nossa
(deles) rês pública abrigava três ou quatro partidos políticos, com os quais o “apoiado”
deveria compartir a gestão da coisa pública (quando se fala em gestão da coisa
pública, fala-se especificamente de dinheiro, de ministérios, de secretarias e
das milhares de vagas também em empresas estatais e paraestatais onde se acomodam,
parentes, aparentados, amancebadas e seus frutos); hoje são trinta e três desses
grupamentos de chupins e, segundo dados do TSE divulgados no ano passado, há
setenta e três outros postulantes a essa condição, já em fase de análise.
Imagine-se o
caos e a impossibilidade de gestão séria da estrutura, dentro de um quadro-negro
como esse.
Em razão disso e
de muitas outras quizilas que acompanham naturalmente a administração pública,
é que vemos situações ininteligíveis como a do abacateiro que destrói o passeio
e barra a passagem de pedestres pelo local - no Bairro da Ponta da Praia - sem
que a prefeitura consiga dar um jeito na coisa...
Os carros de som
dos vendedores de qualquer coisa (ovos, roupas, peixes, frutas e outros
produtos) infernizam a audição e o sossego dos que pagam impostos escorchantes,
sem que a administração pública consiga ou se interesse por fiscalizar.
Quando a
Ouvidoria (que deveria ser os ouvidos do alcaide, mas acaba sendo apenas as
orelhas) consegue acolher uma denúncia e dar o devido retorno, essa resposta é
um acinte e não passa de uma caricatura da realidade.
Carlos Gama.
25/07/2019
20:53:46
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