sábado, 7 de março de 2015

Morrendo em Silêncio

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O nosso bairro vai morrendo aos pouquinhos e em silêncio.
Todos nos calamos e a morte da Encruzilhada vai vindo silenciosa, como acontece também em outras partes da cidade.
Na semana atrasada fecharam o “Sacolão”, que deve se transformar em área de esportes para a universidade em frente. Nesta segunda, a melhor farmácia do bairro não abriu as portas.
Aqui, sentado no ônibus, eu observei o local onde funcionou a farmácia e, agora, estamos parados defronte do prédio fechado do sacolão.
Levamos mais de dez minutos para vir de um ponto de ônibus ao outro; duzentos metros de distância.
Nenhum agente da CET...CE quem? Ninguém! Os veículos que vêm pela Afonso Pena fecham o cruzamento e não há ninguém para fiscalizar.
Quinze minutos para o coletivo percorrer dois quarteirões, da Luiz Gama até a Francisco Glicério.
Meia hora depois de tomar o ônibus, eu chego ao consultório médico, quatro pontos de parada depois do embarque...Não vim a pé para não chegar suando em bicas.
Um automóvel, deslocado da fila dupla à entrada do estacionamento sempre cheio da Unimed, impede que o ônibus continue o seu trajeto; as buzinas acusam a falha e a falta total de fiscalização.
Santos aderna ao peso das torres de concreto e da falência administrativa dos abstratos.

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