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O mundo celebra hoje o Dia do Combate ao Trabalho
Infantil...Ora, puta que os pariu!
Antes das
reticências, estava o conteúdo de uma matéria de jornal e eu vou continuar com
ele...
Definido em 2002
pela Organização Mundial do Trabalho (OIT), a data buscar (copiado na íntegra)
chamar a atenção para um problema que, muitas vezes, passa despercebido pela
sociedade (riamos à vontade).
A data
representa uma oportunidade de mostrar à população o quanto isso compromete o
futuro de crianças e adolescentes. Além disso, tenta desconstruir um discurso,
ainda muito presente no Brasil, de que a atividade laboral
"enobrece", a fim de justificar que eles trabalhem desde cedo.
Em Santos foram
identificados 182 crianças e adolescentes nessa situação.
Agora, volto
eu...
Não vou me
desculpar pelo “puta que os pariu”, acima, porque me preocupei anteontem com o
título “O ciclista que se foda” e as pessoas com as quais me preocupava e me
desculpei, abriram mão do direito de se sentirem ofendidas, pois a expressão,
na opinião delas, era justificada. Espero que esta também o seja.
Não vou tecer
qualquer comentário ao texto compilado do jornal, pois o seu conteúdo fala por
si e pode ser analisado por quem o queira fazer honestamente e sem uso da tão
comum socialdemagogia, que hoje permeia toda a estrutura da sociedade e preenche
de ar as caixas cranianas dos seus adeptos.
Ontem, na Santa
Casa de Santos, eu encontrei um antigo companheiro de trabalho, que ainda
continua nos quadros da CODESP e falávamos de trabalho e de porto, porque as
dores e as tensões de um pai à espera de notícias de uma filha que se
encontrava no Centro Cirúrgico, já eram bastantes para o meu amigo.
A conversa fluiu
em torno do porto, porque ele me perguntou se eu estava aposentado.
Ele, apesar de aposentado,
continua trabalhando e, respondendo a uma pergunta minha, acabou falando de um
outro colega daqueles tempos idos, que acabou se desligando da companhia, aonde
trabalhara desde os catorze anos. Naquele tempo, os menores-aprendizes
ingressavam nas oficinas da companhia, freqüentavam a Escola Docas, faziam
carreira na empresa e progrediam. Alguns progrediram muito!
Aí, quando ele
falou da idade com que o outro ingressara nas oficinas, eu não pude deixar de
apartear e dizer:
-É, naquele
tempo, trabalhar não era crime!
Hoje, os
menores já não são mais “aprendizes” e como profissionais, estão assaltando nas
esquinas, fazendo malabarismo nos semáforos, atuando nos bordéis ou no tráfico,
mas a socialdemagogia não perde o estímulo e nem ganha forças para enfrentar a
realidade que não lhe convém.
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