sábado, 5 de novembro de 2011

Mobilidade Urbana, Uma Piada de Mau Gosto



Neste ano de dois mil e onze, fomos a duas audiências públicas sobre “Mobilidade Urbana”, na região.

À parte o desrespeito para com a maioria dos participantes - quando a idealizadora das audiências chegou com uma hora de atraso a ambos os eventos – discutiu-se apenas e tão somente o trânsito na área portuária, deixando de lado o tráfego verdadeiramente urbano e caótico pela malha viária das cidades.

Escancararam-se as portas para um mercado imobiliário criminosamente crescente e predador insaciável, sem que se preocupassem com a mobilidade e com os serviços básicos essenciais.

Procura-se, agora, discutir o planejamento urbano, quando o quadro é irreversível. 

Podem adaptar a rede de água e esgotos para atendimento, ainda que precário, das necessidades atuais e futuras; pode-se adaptar a rede elétrica para evitar os pequenos e médios “apagões” que se fazem notar nos dias atuais, mas não há como adaptar as vias para receberem os veículos automotores que teimam em tentar fazer circular pelo espaço exíguo de um traçado urbano centenário, que tem de suportar  - não se sabe como – trinta por cento mais veículos que na capital de São Paulo.

Para “melhorar” o quadro, a entrada da cidade é um funil (e não se fez nada para alargar o espaço) e o túnel que poderia aliviar o tráfego naquela área não sai do mundo das idéias, nem mesmo para o papel.

Assustados, os moradores da Zona Noroeste (são um terço da população da cidade), que ainda contam com um hospital e maternidade naquela área, já antevêem a via-crúcis que vai ser vir de lá até a Encruzilhada, quando a prefeitura fechar aquela unidade de saúde que, por precária que seja, ainda é o que lhes resta.

* Em 2012 serão 21, use o bom senso e não reeleja nenhum.

Nenhum comentário: