domingo, 11 de maio de 2014

Godos, Visigodos e Derivados...

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Depois de ler e me revoltar com aleivosias de cunho comercial, eu decido vir escrever mais um pouco e deixar pautadas essas minhas observações sobre o arrastar-se imoral das sociedades humanas.
Eu havia terminado de escrever “Ovos Cozidos” e voltara à sala, onde ainda me esperavam alguns jornais do dia. Eram quatro e eu havia lido o primeiro e apenas enveredado pelo segundo, quando a dona da casa chama a minha atenção para uma propaganda encartada em um deles. Uma revista, em papel couché, propaga uma nova dentre as dezenas de novas torres de concreto que ensombram a cidade e nos assombram com seus resultados negativos já em curto prazo.
Empurrada para o meu lado, eu folheio a edição e de pronto comento com minha interlocutora, que é obra da mesma empresa que abriu mão do projeto na área da ACM. Abriu mão de levar adiante a elevação daquela torre, porque viu a inviabilidade comercial do empreendimento e decidiu não ir adiante, propondo-se a ressarcir os primeiros compradores habilitados. A ACM? Não sei como vai ficar...Ou não!
Voltemos à revista muito bem impressa e onde, somente no segundo folheio, eu descubro o endereço do monumento de concreto armado.
Fica na Ponta da Praia (um extremo da cidade, na orla marítima), de onde, afirma a construtora, é possível chegar ao centro da cidade em cinco minutos...Talvez, de helicóptero, se houvesse em ambos os locais pontos de pousos e decolagens. Continuam as informações “positivas” sobre as facilidades, afirmando que é possível chegar dali à fila da balsa em dois minutos e ao porto em quatro...Essas eu não contesto! Depois, dizem eles, a distância da capital é de cinqüenta minutos e do bairro do Gonzaga somente três. Em ambos os casos, só viajando no pensamento...
Nesse ponto eu me perco e já não sei se os engodos se tornaram hábito ou se é a certeza do alheamento do homem moderno quem sustenta tudo isso.
Sei, todavia, que vamos indo de mal a pior!
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