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O astro rei abre
pequenas fendas no maciço de nuvens e lança seus raios sobre os muitos verdes
que sobrevivem teimosamente na José Bonifácio.
Na praça
arborizada, defronte ao Fórum da cidade, algumas senhoras se aquecem ao sol,
esperando pela clientela escassa.
Segue o coletivo
imundo; o cheiro persiste, vindo daqueles assentos sujos, levando a pensar na
necessidade inadiável de levar toda a roupa do corpo à máquina de lavar, logo
que se chegue em casa.
O “terminal”
rodoviário faz jus ao nome.
Um vento gelado
transita pelo final do outono, trazendo notícias frescas sobre a próxima
estação.
Na Praça dos
Andradas, a fachada do edifício da concessionária de energia elétrica mantém
hasteados dois trapos mal reconhecíveis. Um deles em verde e amarelo e o outro
em preto, branco e vermelho.
Dentro do
terminal dos ônibus urbanos, ao lado do outro, buracos muitos esperam pelas
vítimas passageiras.
Já à noite, na
rua de casa, a lixeira que faz as vezes das outras duas, retiradas há meses e
não repostas, transborda o lixo das redondezas.
Não fosse
ofender os de quatro patas e rabo enrolado, eu diria que a cidade vai tomando
indiscutíveis ares de um grande criatório.
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