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Já bem cansado de tentar colaborar para o despertar da visão cidadã, cansado de
buscar mostrar o óbvio e não ver os frutos, eu acabei deixando na máquina
fotográfica as fotos feitas no final da tarde de domingo, na praia.
Nesse passeio,
enquanto os netos corriam pela praia, nós caminhávamos pela calçada que beira a
areia. Íamos em direção da Ponta da Praia e, logo que passamos o canal 4,
observamos que os vidros dos banheiros dos quiosques mais antigos estavam
quebrados, que a água que fluía desses locais empoçava na areia próxima e que o
caminho estava barrado por mesas, cadeiras plásticas e consumidores do quiosque
que ainda ostenta o mesmo nome que também está em um dos novos locais, defronte
da Igreja do Embaré. Sobre o gramado, já meio careca, as mesmas mesas e
cadeiras vermelhas e os freqüentadores do local. Fiscalização? Pois sim!
Alguns passos
adiante as fotos da água transbordando de uma das áreas onde os ralos deveriam
estar entupidos e um dos chuveiros permanentemente aberto.
Uma verdadeira
cidade turística...Para farofeiros, naturalmente.
Também cansado
de participar inutilmente de “audiências públicas”, eu não compareci (apesar de
me haver programado) à que diziam tratar do VLT. Senti-me bem por não ter sido
feito de tolo mais uma vez.
Passados
dois ou três dias, a imprensa divulga
um vídeo feito a propósito pelos
interessados no negócio, para driblar a opinião dos incautos e, quiçá, calar o
Ministério Público, que também vem questionando mais recentemente a mudança no
traçado do “new bond” da Alstom.
Um vídeo bem
orientado, bem montado e tendencioso, talvez contando com o usual silêncio da
grande maioria, que anda cada vez mais preocupada como o próprio umbigo.
Para não deixar
passar em branco a tentativa de golpe deste vídeo, acabei fazendo um desenho (ao final), para
mostrar a quem não é da cidade, como andam ou se arrastam as coisas por aqui.
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