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Cada vez que eu ouço ou leio alguém defendendo esse
sistema de transporte para a Santos de hoje e especialmente o seu traçado, eu fico mais
convicto da idiotia coletiva que propositadamente se abateu sobre a sociedade
brasileira e da qual ouvi falar ainda ontem o escritor Flávio Viegas Amoreira.
Bem, talvez ele não tenha usado este termo específico, usou dois ou três e esse
provavelmente dentre eles, para abordar o mesmo problema.
Eu não deveria
perder o fio da meada, mas isso é próprio do meu ser; então eu continuo, ainda
pela fala do escritor santista, quando ele menciona uma figura de muita
evidência na mídia e que se refere entusiasmada a um padre excepcional, que
anda pregando por aí...Um tal de Padre Vieira. Eu não saio em defesa dela, meu
caro, mas agora começo a entender uma das razões que pode ter levado a
coitadinha a trazer o digníssimo António Vieira Ravasco a reencarnar em nossos
dias. Afinal, o Brasil colônia não parece ter mudado nada nesses quinhentos
anos. A balbúrdia é a mesma, os ladrões e os governantes parecem ser os mesmos,
então, é justo que a pobrezinha o imagine ainda entre nós.
Claro que eu
também concordo com a “indústria do diploma” e com o trabalho estafante de
encher a cabeça dos jovens de todas as inutilidades que os leve ao “não
pensar”, ao não “raciocinar” e ao dançar no vai da valsa ou a navegar ao sabor
da maré. Você, Flávio, defende a necessidade da permanência dos cursos de
medicina, de engenharia e de direito, mas não fala da eficácia e da submissão
de alguns profissionais dessas áreas, quando algum deles foge de seu mister e
se presta a conduzir os formandos ou os bacharéis de outras áreas, ao ritmo da
batucada tocada pelos que detêm o poder...E, aqui, eu entro na linha, retomo o
traçado original deste meu texto, para continuar afirmando que a maioria está
cega, apática, mal e propositadamente “informada” sobre a necessidade de
mudança de rota destes novos “bonds” (VLTs), cuja propaganda e convencimento da
maioria deve estar custando ”os tubos” aos cofres públicos.
Afinal, em
determinado momento, neste ano de dois mil e treze, o “projeto” do VLT passou a
ser levado a “toque de caixa”, como se o tempo urgisse mais que em qualquer
outra época ou como se alguém corresse o risco de perder o bonde.
Esse bonde que vem sendo
“tocado” (aberto no último ponto), mesmo que nem tenham definido ainda se ele prosseguirá, na
perpendicular, pela Avenida Conselheiro Nébias ou pela Rua Campos Melo.
O “projetão”,
se levado desta forma adiante, ainda vai mostrar muitas lacunas, muitos desvãos
escuros ou, se assim mesmo prosperar, mostrará a sua obsolescência em meia
dúzia de anos.
Apesar da minha
já parca memória, eu prometo a mim mesmo que esta será a última vez que eu falo
sobre esse “trem”.
Deixo o resto por conta da história ou da sua falta de
memória...
Para esclarecer o que o vídeo feito pelo governo do estado procura não mostrar:
Vamos ilustrar um pouco mais essa história e alguns de seus personagens?
De Padre António Vieira - intransigente defensor do Brasil (falecido em 1697):
"Perde-se o Brasil, Senhor, porque alguns ministros de Sua Majestade não vêm cá buscar o nosso bem, vêm buscar os nossos bens".
De Joseph Pulitzer
Jornalista (dono de jornais), falecido em 1911:
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela".
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