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Desde os mais
pobres municípios até os estados mais ricos, a estrutura republicana vem sendo
comandada por empreiteiras e essas organizações manipulam abertamente o mercado
farto da corrupção.
O dinheiro
público, usado de forma pessoal e natural, engorda contas bancárias de
proprietários dessas e de outras empresas, bem como as daqueles que manobram a
estrutura oficial a seu favor.
Os contratos
entre o público e o privado são eivados por vícios originais e rotinas
delituosas que vieram sendo aceitas como naturais nas últimas décadas,
espraiaram-se como um gás venenoso e foram colocadas em prática com a
naturalidade daqueles que desconhecem totalmente os princípios mais básicos da ética,
da moral, do justo e do direito.
Tristemente, as
palavras de maior destaque dentro dos séculos XX e XXI são “corrupção” e
“suborno”, expressões da realidade e de evidência plena, pois designam os atos
de maior intensidade dentro do arcabouço do estado republicano moderno.
Não se pode
afirmar que tais práticas não tenham sido parte da estrutura desde a sua
criação, entretanto a maior intensidade vem ocorrendo desde a metade do século
passado e agora se espraiando com maior velocidade.
A prática
corruptiva se arraigou de tal forma dentro dos conceitos do aceitável, que o
seu combate será uma luta intensa e de longa duração, sem que se possa
antecipar o lado vitorioso, pois esse câncer estrutural tem raízes na própria
educação e na formação das duas últimas gerações de brasileiros.
Somente uma
verdadeira revolução nos conceitos de certo e de errado ou de bem e de mal
poderá dar início ao processo de cura dessa enfermidade, que tende a aumentar a
miséria social e a arrastar o país para o fundo do poço da moralidade.
Carlos Gama.
16/06/2019
09:10:38
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