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Nada mais pernicioso para a estrutura de uma sociedade que
a ação dos anarcodemagogos.
Como a palavra ainda não tem uso corrente e tampouco
consta dos dicionários de língua portuguesa, vamos explicar rapidamente o seu
sentido real.
“Anarco” vem do grego “ánarkhos”, que significa, sem
comando, sem direção, sem princípios. Em suma: anarco (anarquia) é o sinônimo de baderna.
“Demagogia“ vem do grego “demagogós” (demos: povo e
agogós: o que conduz). Depreende-se daí que demagogo é aquele que conduz o povo.
Do dicionário Houaiss compilamos a explicação do termo em seu sentido
pejorativo, mas que é o mais comum na prática: “que ou o que age de forma interesseira e ambiciosa, ao
mesmo tempo que simula, especialmente através do discurso, virtude ou comprometimento
com os interesses populares”.
Resumindo: anarcodemagogo é o indivíduo que se vale da
política ou da politiquice, para pregar ou instalar a baderna sob o pretexto do
interesse popular. É aquele que planta espinhos nas áreas públicas, enquanto
semeia flores em seu próprio jardim. São tipos muito comuns em todas as
sociedades humanas.
Um exemplo mais recente de ação anarcodemagoga é o ataque
que vem sendo feito ao governador do Estado de São Paulo, por seu decreto
lógico de internar compulsoriamente os dependentes de substâncias tóxicas, que
não podem mais decidir por si mesmos.
É caótica e antiga a situação dos
narcodependentes em todo o país, mas nenhuma medida havia sido tomada para
amenizar o problema, até este momento.
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Então, senhores
anarcodemagogos de plantão, se não querem ajudar ou não têm soluções melhores,
é hora de calarem a boca e deixarem de plantar espinhos no quintal do vizinho.
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