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Houvesse espaço
adequado e suficiente na imprensa, para que os leitores pudessem se manifestar
a respeito de questões de interesse comum ao meio ou à sociedade em geral, com
certeza haveria aumento no consumo dos jornais impressos.
Essa é uma
questão para os departamentos de marketing, quando eles funcionam!
Enquanto isso
não ocorre, vamos fazendo uso dos meios ao nosso dispor e que, embora não
tenham o mesmo alcance, podem suprir essa deficiência.
Há décadas eu
insisto em falar na necessidade cada vez mais premente de radares fotográficos
em todos os semáforos do país, mas seria também eficaz o aumento das punições
(cassação temporária da carteira de habilitação e aumento das penas para quem
conduzisse qualquer veículo automotor se a devida permissão legal), para que o
resultado fosse realmente efetivo.
Para não cansar
você que está lendo estas linhas, vou me ater somente às observações feitas
entre ontem à noite e esta manhã, aqui, em Santos, onde a acefalia
administrativa só tem feito crescer em todos os campos, ombreando-se com o que
ocorre em boa parte do país, por conta do aumento assombroso e descabido do
número de partidos políticos (eram 4 em 1982 e agora - e por enquanto - são 35)
cujos interesses e integrantes têm de ser atendidos com cargos públicos em
todos os níveis, fazendo desse “saco de gatos” uma metástase cancerosa dentro
de toda a estrutura administrativa, moral e política.
Depois de toda
essa digressão, se você ainda está por aqui, vamos aos fatos observados ontem à
noite – em uma passagem de ida e outra de retorno, a pé, pelo cruzamento da Rua
Dr. Carvalho de Mendonça com a Avenida Washington Luiz. Tentamos cruzar a
primeira dessas vias por volta das 20 h e, depois, retornando por volta das 21 h;
nas duas ocasiões, automóveis cruzaram a avenida principal com o semáforo
fechado em ambos os lados do canal (há um pontilhão entre as duas pistas) em
total desrespeito às mais básicas regras de trânsito e sem nenhum respeito à
vida de quem transita a pé.
Isso é fruto da
nossa deseducação, do momento de amoralidade intensa pelo qual passa o país e
da total falta de fiscalização para o trânsito. A cidade conta com uma “companhia
de engenharia de tráfego” que, naturalmente também passa pelo mesmo processo de
acefalia que acomete todas ou quase todas as empresas de economia mista,
estatais e paraestatais atopetadas de asseclas e correligionários sem nenhuma
utilidade para o funcionamento de suas estruturas.
Hoje, pela
manhã, dirigi-me ao Poupatempo e, louve-se, o atendimento é sempre de nível
inatacável, quando não é excepcional como o de hoje, em um guichê da
Prefeitura, com atendimento nota dez (não sei se há terceirização dos serviços, mas é bem provável!).
Saí daquele
local e me dispunha a atravessar a via, em direção da Praça José Bonifácio,
defronte da Catedral. Como não há indicação luminosa para pedestres naquele
local de muito movimento, decidi esperar que o sinal abrisse para os veículos e
fiquei aguardando o próximo fechamento para fazer a travessia. Semáforo
vermelho para os automóveis que seguiam em direção da Rua Brás Cubas ou iriam
entrar à direita na Rua Amador Bueno, mas vários deles transitaram assim mesmo.
Os pedestres?
Ora, que se danem os pedestres!
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16/05/2018
13:15:11
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