quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O OVO

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Há pouco, enquanto aguardava um de meus netos que vinha da escola, observei a dificultosa travessia de um deficiente físico em sua cadeira de rodas.

Logo depois chegou quem eu esperava e eu perguntei a ele se vira a dificuldade do “cadeirante” para subir na calçada.

Sim, ele vira e ainda comentou que, se não fosse o pequeno poste do sinaleiro, aonde ele se agarrou para conseguir galgar o degrau que dava acesso á calçada, teria ficado no leito carroçável.

Aí, enquanto vínhamos para casa, eu comentei com ele que aquilo eles chamam de "acessibilidade".

-É de dar acesso de raiva, essa inépcia crescente do poder público.

Ele sorriu e deve ter ficado pensando nisso.

Então, eu continuei, dizendo a ele que o filme que fizera na segunda-feira, sobre o lixo e a falta de lixeiras, fora colocado no Facebook, mas que a prefeitura pouca importância está dando a isso.

-Ah; é verdade! Você quer saber aonde eu fiz o filme e onde fica mais esse obstáculo para os “cadeirantes”.

-O filme eu fiz no finalzinho da rua Pérsio de Queiroz Filho e o obstáculo para os deficientes físicos, fica na confluência das avenidas Conselheiro Nébias e Rodrigues Alves. O cadeirante, indo no sentido centro/praia, cruza o canteiro central que tem o espaço aberto ao nível da rua e, quando chega ao meio-fio encontra a barragem...A burragem.

-Eles não estão ligando para mais nada e eu acho que o prefeito já está certo de que não será reeleito ou, então, ele está contando com o ovo na cloaca da galinha do Estado de São Paulo.
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