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Para mim ainda é incompreensível o status do “novo” e
algumas das imposições aceitas pela maioria dos que navega ao sabor dos ventos
soprados pelos senhores daquilo que eles acham ser o “seu” mundo.
Leio sobre a manifestação do Ministro da Cultura, que
critica o baixíssimo índice de leitura entre os brasileiros e o entendo tanto
quanto compreendo aquela maioria que não lê. Afinal, os livros estão aí, mas
exigem tempo e concentração; exigem também e, naturalmente, que se saiba ao
menos soletrar. Isso muitos sabem, mas é cansativo, especialmente quando se tem
a televisão à disposição e com os pensamentos prontos.
Para quem pode, é mais
fácil comer em um restaurante, que ter de preparar a comida. O resultado final
é o mesmo, apesar do paladar ser o do outro.
Abro o velho jornal local e percebo a mudança no padrão,
que traz mais dificuldade para a leitura e para o manuseio desse novo modelo
eletrônico. O objetivo, se não for o econômico, é inconcebível e vai afastar os
leitores, cujo número já decresce a cada dia. Atenho-me apenas às “cartas do
leitor”, em um espaço que resta ao cidadão é mínimo e de acordo com o
permitido; todo o mais é ocupado pelos “assessores” de comunicação de empresas
estatais ou pelo próprio Estado, que tem mais força que a comunidade dos
assinantes ou dos compradores eventuais desses diários.
Mais em função da própria idade, que de qualquer outra
razão, eu chego até as notas de falecimento...Fecho o jornal; foi o suficiente!
Abro um e-mail e, é óbvio, leio. Tento ler, mas as abas
laterais incomodam, quase inibem a leitura. Desisto; é “Obvious”!
Será que esse pessoal pensa ou apenas freqüenta
restaurantes?
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