terça-feira, 4 de outubro de 2011

Filhos de Chocadeira



Quando eu venho a pé do Gonzaga, como hoje, eu sempre acabo me lembrando várias vezes de todos os incompetentes que administram a cidade.

Quando ainda tinha intenção de pegar um ônibus, ali perto da Praça da Independência, eu fiquei prestando atenção nos monstrengos que foram colocados pela cidade, sob a desculpa de que eram painéis para fornecer informações sobre os ônibus e seus horários.

Começou assim e, por meses, podia-se confirmar que eram apenas enfeites. Depois, sob a escusa de que havia um certo  (total) desentrosamento entre as informações e a realidade, eles foram desativados e passaram a oferecer a data e o horário, mas não é só isso - percebi hoje - porque acima das informações em tamanho ínfimo, está o espaço maior, usado para propaganda. Arrumaram uma desculpa suja para justificar espalharem pela cidade esses painéis sobre largas bases de metal mas, como sempre, o objetivo era outro e quem deveria ver e investigar não vê e nem investiga.

Eu gostaria de saber quem autorizou a colocação, quem “bancou” a confecção e as instalações, quem administra as propagandas e quanto cobram das empresas que anunciam ali.

Desisti do ônibus que nunca chega e decido ir a pé, pois chego mais depressa.

Quando atravesso a Ana Costa, defronte do Colégio Coração de Maria, somos forçados – cinco pessoas – a parar no meio da pista, porque um taxista e um outro mentecapto resolvem avançar no vermelho; talvez porque tivessem pressa. Nenhum dos dois sequer piscou, que eu visse, quando dirigi algumas palavras a ambos.

Depois de vencer a travessia da Prodesan sem ser atropelado, eu chego às margens da Francisco Glicério. Depois de um pouco de espera, a travessia de pedestres está liberada, como liberado está simultaneamente o cruzamento das bicicletas pelo caminho da tropa de infantaria.

Aí, é um salve-se-quem-puder porque aqueles, lá em cima - sempre lembrados - com certeza não são mesmo filhos de chocadeira.
 
 

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